Redação (10/10/06) – Em um ano, foram captadas mais de 500 mil imagens de satélite de 375 mil quilômetros quadrados da faixa de fronteira, entre o Acre e o Paraná, cobrindo pontos estratégicos da defesa sanitária brasileira. Agora o trabalho será reforçado a partir do compartilhamento de informações com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI). “Já temos ações conjuntas com o GSI há muitos anos, mas nesse caso contaremos com material cartográfico deles e o GSI também terá acesso a imagens nossas”, diz o chefe geral da Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas-SP), Evaristo Eduardo de Miranda.
O mapeamento dos pontos críticos foram levantados com imagens rbitais e alimentam o Sistema Gestão Territorial para Defesa Sanitária, da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA. A Embrapa já entregou às prefeituras e às secretarias de Agricultura do Acre e Rondônia um levantamento completo, com fotografias em escalas de diferentes tamanhos, como detalhes de locais a cada 10 metros. O material é distribuído em papel e em CDs aos estados e municípios, além de estar disponibilizado na internet.
Na próxima semana os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também receberão o material. Conforme Evaristo Miranda, as áreas fronteiriças são as mais preocupantes – por isso a prioridade a essas regiões. “Somente no município sul-mato-grossense de Eldorado, existem 42 estradas de acesso ao Paraguai”, observa o pesquisador. A Embrapa Monitoramento por Satélite, além de fornecer informações do monitoramento territorial do agronegócio e compartilhar informações com o GSI, também apoia ações para o Sistema de Assentimento Prévio dispositivo constitucional à concessão, por exemplo, da exploração de atividades como extração de minérios nas zonas de fronteira. As pesquisas são tão diferenciais que, no próximo ano, nas novas instalações dessa Unidade da Empresa, será instalada uma sala destinada às operações do GSI e Casa Civil da República.