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Brasil e Nova Zelândia discutem ampliação do comércio

<p>O governo da Nova Zelândia considera o Brasil uma peça fundamental do comércio internacional.</p>

Redação (26/09/06)- O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, reuniu-se na última semana, com o ministro da Agricultura da Nova Zelândia, Jim Anderton, para discutir questões bilaterais e multilaterais. Durante o encontro, Anderton disse que era hora de reinventar a relação econômica entre a Nova Zelândia e países como Brasil, Chile e Argentina, os quais tem sido tradicionalmente enquadrados como nações exportadoras agrícolas.

Em meus encontros com o ministro Guedes e em recente viagem ao Chile, onde encontrei ministros de Agricultura, Economia e Relações Exteriores, eu ofereci uma nova visão de trabalho conjunto para o nosso benefício, disse o neozelandês. O Brasil é um membro da OMC (Organização Mundial do Comércio) no poderoso grupo do G6 (com a União Européia, Estados Unidos, Índia, Japão e Austrália), onde as decisões afetarão as relações de comércio da Nova Zelândia, continuou o ministro.

Ele afirmou que ao invés de um oceano, Nova Zelândia e América do Sul são mais ou menos vizinhos, com mais coisas em comum do que o resto do mundo. Os latino-americanos são muito parecidos com os neozelandeses, acolhedores, generosos com um similar e descontraído senso de humor, comentou Jim Anderton.

Se a Fonterra (empresa neozelandesa do ramo de laticínios) e nossos agronegócios são grandes para encontrar a demanda do mercado, nós iremos trabalhar em parceria com outros países, garantiu. O ministro avaliou ainda que a Fonterra parece estar fazendo um bom trabalho de desenvolvimento de habilidades, perícia e infra-estrutura no Chile, Argentina e Brasil para assegurar que esse desenvolvimento seja sustentável e que suporte mais largamente os interesses comerciais da Nova Zelândia.

Por sua vez, o ministro Guedes disse que existe crescente interesse dos brasileiros pela Nova Zelândia. Estou pronto para trabalhar com a Nova Zelândia em um caminho cooperativo, afirmou. O Ministro da Agricultura do Brasil informou ao seu colega neozelandês que o Brasil tem uma indústria de produção de bio-etanol altamente desenvolvida, onde até 40% de combustível usado nos carros que circulam no País utilizam esse tipo de combustível. Em 2006, nós iremos produzir 17 bilhões de litros de etanol, dos quais 13,5 bilhões serão usados no consumo interno.