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R$ 520 milhões do plano safra encalham no BB

<p>O seguro agrícola obrigatório, anunciado na última segunda-feira (18), dificultará ainda mais o acesso dos agricultores ao crédito.</p><p></p>

Redação (22/09/06)-  Do total de R$ 600 milhões disponibilizados pelo Banco do Brasil para financiar a safra 2006/2007 em Mato Grosso do Sul, até agora apenas R$ 80 milhões foram formalizados. Mais de meio milhão ainda estão disponíveis na instituição. Em outros anos, neste mesmo período, os financiamentos de custeio já atingiam de 70% a 80% do volume de crédito. Além disso, o seguro agrícola obrigatório, anunciado na última segunda-feira (18), dificultará ainda mais o acesso dos agricultores ao crédito.

A Famasul sediou reunião ontem à tarde entre produtores, sindicato, seguradora e Banco do Brasil, para tratar das divergências entre as exigências do banco e a cobertura do seguro. Porém, depois de discutir por mais de quatro horas, a classe produtora e a instituição ainda não tinham chegado a um consenso.

O seguro tem limite de R$ 1,2 milhão e a cobertura é de 50%, 60% e 70%, conforme a escolha do produtor. As taxas variam de 1,94% a 7,20%, conforme a região onde será cultivada a soja. A seguradora tem a sua tabela de rendimento por hectare de cada município, e aplica esses números para a fixação do valor do prêmio.

Outro ponto é em relação ao limite de tempo para plantio de soja, que se inicia entre 15 e 20 de outubro e muitos produtores ainda não adquiriram os insumos, porque não estão com o financiamento formalizado.

Sem solução
O gerente de Mercado e Agronegócios do BB, Loreno Budke, disse ontem que a seguradora e o banco vão examinar as reivindicações e até aquele momento (em torno de 18h), nada estava decidido. Ele explicou que a compulsoriedade do seguro está ligada ao financiamento. Já em relação aos financiamentos formalizados, Budke frisa que o produtor poderá optar pela adesão ao seguro.

Em Mato Grosso do Sul, 28 municípios deverão fazer o seguro agrícola. Dourados e Ponta Porã não estão entre eles e, segundo Budke, tratam de regiões de alto nível de sinistralidade e as seguradoras não querem correr o risco. Os dados produtivos são baseados nos estudos do IBGE.