Redação (14/09/06)- Mesmo após diversas negociações por parte da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades ligadas ao setor, o governo federal optou por um caminho tortuoso na resolução do pagamento das dívidas do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa) e securitização. Na visão do assessor técnico da CNA Luciano Carvalho, o Banco do Brasil (BB), principal credor dessas dívidas, não terá como operacionalizar os financiamentos, como está previsto na Medida Provisória 306, regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM).
O BB não terá recursos para essa operação e não vai se expor a perigos, concedendo financiamento a devedores com alto grau de risco, explica. A solução para o caso, segundo Luciano, seria resgatar a proposta original da CNA e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) que suspenderia o vencimento das parcelas de securitização e Pesa, agregando um ou dois anos ao contrato. É um mecanismo bem mais simples, de participação de Estado na solução da crise do setor e que não gera conflitos, como novos limites, novas taxas de juros, ou seja, ações que demandariam mais recursos, completa. As informações são da CNA.
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