Redação (21/08/06)- O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, projeta uma redução de 30% na área plantada de milho em Santa Catarina. De acordo com ele, nas áreas mecanizáveis a redução pode chegar aos 50%. Tudo isso por causa da baixa cotação de mercado e dos altos custos de produção do cereal. Ontem o saco de milho custava R$ 13 na região de Chapecó.
“Os agricultores catarinenses estão descapitalizados e vão investir muito menos em tecnologia. A maioria deve migrar para a soja, que chega custar três vezes menos e remunera melhor”, acredita o dirigente.
Na safra anterior, Santa Catarina plantou milho em 784,6 mil hectares, segundo o Centro de Estudos de Safras e Mercado (Cepa) da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) Os frigoríficos do Estado precisaram importar milho do Paraguai, Paraná e Centro-Oeste para suprir o consumo interno que passa dos quatro milhões de toneladas por ano. O milho é o principal ingrediente para a composição da ração consumida por suínos e aves.