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Cargill acelera avanço na área de nutrição animal

<p>A subsidiária brasileira acaba de iniciar as operações de uma fábrica em Cascavel (PR).</p>

Redação (31/07/06)- Estão movimentados os negócios da divisão de nutrição animal da Cargill no país. Em linha com as diretrizes globais da multinacional americana, que neste segmento fatura cerca de US$ 3,5 bilhões por ano no mundo – as vendas anuais totais do grupo somam cerca de US$ 75 bilhões – , a subsidiária brasileira acaba de iniciar as operações de uma fábrica em Cascavel (PR), vai ampliar a unidade instalada em São Lourenço da Mata (PE) e já começa o mix de produção da planta de Paulínia (SP). Também não descarta futuras expansões e mesmo aquisições.

Com isso, a divisão espera acelerar o ritmo de crescimento no mercado brasileiro, onde já é líder em vendas de produtos de nutrição para aqüicultura, eqüinos, animais de laboratório e também na comercialização direta ao varejo. No recém-iniciado exercício 2006/07, a previsão é que o faturamento da divisão no Brasil alcance R$ 220 milhões, 5% mais que no ano passado. E segundo Vilson Antonio Simon, gerente-geral da filial Cargill Nutrição Animal, existe potencial para avançar mais.

Nesse segmento, a Cargill atua com a marca Purina, que é de propriedade de outra multinacional, a suíça Nestlé. Mas como só tem produtos no ramo voltados a pequenos animais (cães, gatos e aves domésticas), a Nestlé licencia a marca para a Cargill operar nas demais áreas – incluindo também bovinos, aves e suínos -, em uma “divisão” feita no início desta década. No mundo, a divisão atua em 23 países, tem 48 unidades de negócios, 180 plantas e cerca de 9 mil funcionários, segundo Simon. “É a maior empresa do segmento no mundo, e tem como meta dobrar o volume de negócios até 2010”, afirma o executivo.

A última tacada no país – a fábrica de Cascavel – começou a produzir em abril passado mas será inaugurada oficialmente em outubro próximo, após dois anos em obras. Ali a capacidade de produção é de 1,5 mil toneladas de premix (núcleo vitamínico mineral) por mês. O premix é vendido às grandes integrações de empresas como a Seara, também controlada pela Cargill.

O próximo lance será a ampliação da unidade de São Lourenço da Mata, que começará em setembro. A capacidade será ampliada de 6 mil para 14 mil toneladas por mês, principalmente de produtos voltados à crescente aquicultura – sobretudo camarão e tilápia – da região Nordeste. Conforme Simon, a expansão, que deverá ser concluída em maio de 2007, deverá absorver um investimento de US$ 5 milhões.

O projeto, continua o gerente-geral, livrará parte da capacidade da fábrica de Paulínia, hoje voltada à aqüicultura nordestina e que passará por um ajuste no mix de produção. “Além de reduzir fretes, a mudança vai liberar de 3 mil a 4 mil toneladas da capacidade da unidade, que no total é de 13 mil toneladas por mês”, afirma. Uma das áreas que poderão ser fortalecidas com a estratégia é a de bovinos.

Além das três fábricas que estão no centro dos passos estratégicos da Cargill Nutrição Animal, a divisão conta com uma unidade em Inhumas (GO), onde faz produtos para ruminantes e a capacidade é de 4,5 mil toneladas de proteinados por mês.