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Suinocultor cobra reforço na divisa do RS

<p>Preço baixo do quilo vivo em Santa Catarina motiva ação de atravessadores no mercado gaúcho.</p>

Redação SI (17/07/06)- Representantes do setor produtivo suinícola aguardam um posicionamento do governo estadual sobre o pedido de reforço da fiscalização do trânsito de animais para abate na divisa do Estado com Santa Catarina. Conforme o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, a preocupação é manter o status exportador, pois, dentre os estados brasileiros, o RS é o único autorizado a vender carne suína para a Rússia.

Segundo ele, o preço baixo do produto catarinense estimula a ação dos atravessadores. “Existe muita malandragem no mercado, pessoas que não estão comprometidas com a cadeia produtiva e que acabam fazendo o que não deveria ser feito”, criticou. Dados da Emater apontam que o preço do quilo do suíno para abate em R$ 1,71 no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina o valor oscila entre R$ 1,00 e R$ 1,20 o quilo.

A Secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado (SAA) precisa de R$ 100 mil mensais para diárias para melhorar a fiscalização. A expectativa do secretário da Agricultura, Quintiliano Vieira, é de que a Secretária da Fazenda atenda à demanda o mais breve possível. Segundo o diretor do Departamento de Produção Animal (DPA), Antônio Ferreira Neto, com os R$ 40 mil mensais autorizados após o corte de 50% no orçamento da SAA, a inspeção passou a ocorrer só durante o dia. Há postos fixos em cinco pontos de maior circulação. Mas o enxugamento também afetou o trabalho das unidades móveis, agora em menor número e cobrindo menores distâncias. O fator é preocupante, uma vez que haveria, pelo menos, 80 pontos de ingresso entre os dois estados

O diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos do RS (Sips), Rogério Kerber, garante que as indústrias gaúchas estão cumprindo à risca todas as determinações de trânsito interestadual. As cargas de suínos para abate estão circulando lacradas e acompanhadas da documentação fiscal e sanitária exigida. “Desconhecemos ocorrência de irregularidades”, afirmou o dirigente.