Redação (30/06/06) – Suinocultores, supermercadistas e representantes de agroindústrias de vários estados brasileiros reúnem-se na próxima segunda-feira 03, em São Paulo, para discutir a criação de uma campanha de marketing e de comercialização que incentive o consumo de carne suína em massa no Brasil. A reunião ocorre às 14h30, no Hotel Grand Hyatt, com as presenças do secretário de Comércio Exterior do Governo Federal, Ivan Ramalho, e do Ministro da Indústria e Comércio, Luis Fernando Furlan.
A proposta foi apresentada pelo deputado federal Cláudio Vignatti (PT-SC) nas audiências realizadas na última semana com representantes do setor em Brasília. Seu principal objetivo é auxiliar no escoamento dos suínos represados no campo, que somente em Santa Catarina chegam a cerca de 120 mil, principalmente devido ao embargo russo.
Apesar de ser uma medida que surge em caráter emergencial, acredito que podemos construí-la de tal modo que se torne duradoura, para que tenhamos um consumo de carne suína gradativamente maior no Brasil e, conseqüentemente, nos tornemos cada vez menos dependentes do mercado externo, disse Vignatti. O deputado lamentou que em muitas regiões do país a carne suína seja comercializada com preços elevados, a ponto de afastar o consumidor. Por isso, Vignatti defende que na reunião desta segunda seja aprovada a criação de uma campanha que contemple sobretudo acordos de comercialização internos, com os produtores garantindo o fornecimento do produto e os supermercadistas garantindo preços mais acessíveis à população em todas as regiões do país.
De acordo com a Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Santa Catarina detém a maior, a melhor e mais desenvolvida suinocultura do país. Com cerca de 12 mil suinocultores e um rebanho permanente de 4,5 milhões de cabeças 17% do rebanho nacional responde por mais de um terço dos abates totais, totalizando 7,8 milhões de cabeças e por 40% dos abates industriais. Situados em Santa Catarina, os cinco maiores conglomerados agroindustriais do país sustentam 60% dos abates e 70% dos negócios suinícolas.