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Grãos

Clima seco na Argentina e demanda firme nos EUA impulsionam milho na Bolsa de Chicago

Soja e trigo também tiveram altas na bolsa americana

Clima seco na Argentina e demanda firme nos EUA impulsionam milho na Bolsa de Chicago

A demanda firme pelo milho americano e o clima ruim na Argentina puxaram uma nova alta do grão, a quinta consecutiva, na bolsa de Chicago.

Os papéis do cereal para março, os mais negociados, avançaram 1,52%, a US$ 6,8525 por bushel, e os contratos que vencem em maio subiram 1,34%, a US$ 6,8275 por bushel.

Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as exportações de milho do país somaram 774,5 mil toneladas na semana encerrada em 12 de janeiro, o dobro do volume dos sete dias anteriores. O órgão também informou que houve registro de negociação de 150 mil toneladas com a Colômbia.

Na Argentina, a previsão meteorológica segue apontando para chuvas abaixo do ideal nos próximos dias e completa o quadro dos fatores que impulsionaram os preços hoje. Segundo Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, o clima adverso no país vizinho pode manter os preços do milho em alta no curto prazo.

“A cotação acima de US$ 6,80 por bushel indica uma tendência de que o mercado pode quebrar a resistência de US$ 7. Vale lembrar que o preço acima de US$ 6,50 já é considerado um patamar muito alto”, disse Fernandes.

Soja

A soja também subiu, refletindo as más condições para a colheita do Brasil e o bom volume de exportações dos EUA. Os papéis do grão para março, os mais negociados, avançaram 0,79%, a US$ 15,3975 por bushel, e os contratos que vencem em maio fecharam em alta de 0,67%, a US$ 15,3750 por bushel.

De acordo com Ênio Fernandes, as condições adversas para a colheita da oleaginosa no Brasil, especialmente em Mato Grosso, onde as chuvas prejudicam o andamento dos trabalhos, dão firmeza aos preços.

“Em nenhum outro lugar do Brasil uma possível quebra de safra chama mais a atenção do que em Mato Grosso. Até o dia 24 de janeiro a expectativa é de muita chuva para o Centro-Sul do Brasil e de pouca água para a Argentina. O clima nessas regiões vai pautar o comportamento de preços. Sem esses fatores, os contratos da soja não estariam acima de US$ 15 por bushel”, ressalta. Em contrapartida, o andamento regular da colheita no Brasil pode voltar a pressionar as cotações da oleaginosa em Chicago. “Com um mês de fevereiro mais seco, e Mato Grosso, Goiás e Paraná conseguindo colocar a oferta no mercado, os preços vão ceder”, afirmou.

A demanda pela soja americana cresceu, o que favoreceu também o avanço dos contratos futuros. As exportações do país chegaram a 2,08 milhões de toneladas na semana encerrada em 12 de janeiro, informou o USDA. O volume é 42,4% maior que o total embarcado na semana anterior.

Trigo

No mercado do trigo, os contratos para março, os mais negociados em Chicago, subiram 1,08%, a US$ 7,5175 por bushel. Os papéis para maio, por sua vez, avançaram 0,93%, a US$ 7,59 por bushel. A demanda aquecida pelo cereal americano favoreceu a alta dos papéis no pregão de hoje. O Departamento de Agricultura do país informou que as exportações de trigo cresceram 53% na semana encerrada em 12 de janeiro, em comparação com o volume embarcado uma semana antes. somando 320,5 mil toneladas.