Redação (23/05/06)- A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), tem participação ativa no 8 Congresso e Exposição Internacional Sobre Florestas -Forest 2006 e no 1 Congresso estadual de Resíduos Sólidos, que acontecem, simultaneamente, no período de 22 a 25 de maio, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.
O presidente da Famato, Homero Pereira, que participou, nesta segunda-feira (22.05) da solenidade de abertura do evento, lembrou que a classe produtora busca produzir em harmonia com o meio ambiente, conciliando produção com preservação. Segundo Homero, a participação efetiva da Federação neste evento internacional acontecerá em todas as discussões consideradas importantes. A entidade pretende fazer valer o seu ponto de vista para que, no fechamento dos trabalhos, as propostas definidas contenham o pensamento e a opinião do setor produtivo que precisa ser considerado neste processo de elaboração das políticas públicas de preservação ambiental, afirmou.
A Famato e representantes das associações de Produtores de Soja (Aprosoja), de Produtores de Algodão (Ampa), e da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat) assinaram um protocolo de intenção entre o governo do estado, entidades representativas do setor produtivo e organizações não governamentais para executar um programa voltado a sustentabilidade do desenvolvimento econômico de Mato Grosso.
O protocolo prevê implantação de um mercado que viabiliza renda para os proprietários de áreas de floresta e cerrado ainda preservados. A criação de uma bolsa de ativos (bônus) para que os proprietários de áreas florestais possam negociar a preservação com pessoas e empresas de países desenvolvidos. Outro objetivo é desenvolver um amplo programa de divulgação nacional e internacional das praticas ambientais implementadas pelos produtores mato-grossenses. A programa também pretende divulgar a realidade sustentável da produção agropecuária estadual e das potencialidades nas áreas econômicas e de turismo.
O diretor-executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte, acredita que o programa dará certo. Segundo ele, Os bônus de preservação adquiridos pelos países em desenvolvimento, funcionarão para o produtor como um arrendamento de terra Se os países ricos, que já destruíram suas florestas quiserem que o Brasil preserve suas florestas, ele terá que pagar para isso. Este sistema de bônus é uma excelente alternativa para dar créditos aos países desenvolvidos e renda para os proprietários rurais garantiu Duarte.
Para Décio Tocantins, representante da Ampa, a assinatura do protocolo é um voto de confiança que a entidade está dando ao governo do Estado pro meio do secretário de Desenvolvimento Rural, Clóvis Vettorado, que articulou a proposta junto ao setor produtivo e as organizações não governamentais. Para Tocantins os produtores rurais já estão fazendo a parte deles no que se refere à preservação do meio ambiente, o que precisa agora é a definição de regras claras para que os produtores consigam manter a produção com respeito á legislação ambiental.
PARTICIPAÇÃO
Por meio da Comissão de Meio Ambiente, a Famato estará presente nas palestras, painéis, debates, mesas redondas e conferências sobre o desenvolvimento sustentável das florestas, análise das políticas públicas, legislação e diretrizes florestais e ambientais no Brasil e no mundo.
Nesta terça-feira (23.05), Evandro Corral Morales, um dos integrantes da Comissão, será debatedor na mesa redonda com o tema Código Florestal: Eficácia e Perspectivas. O consultor da Federação, Amado de Oliveira Filho, será debatedor na mesa redonda Queimadas e Incêndios nas Florestas Tropicais: Formas e Prevenção e Controle. O presidente da Comissão, Vicente Falcão será debatedor da mesa redonda que discutirá Políticas governamentais Estaduais Direcionadas às Questões Ambientais e Florestais. Sobre o tema Instrumentos de Composição de Danos Ambientais a debatedora será a advogada, Elisete Araújo Ramos, representante da Famato junto ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema)
A Famato participa também do 1 Seminário Estadual de Resíduos Sólidos. A produtora Nívea Maria Megliole, membro da Comissão de Produtoras Rurais e também da Comissão do Meio Ambiente da Federação representará a entidade. como debatedora na mesa redonda Integração da Gestão de Resíduos Sólidos com a Política Ambiental.
Vicente Falcão, presidente da Comissão de Meio Ambiente, lembrou que a sociedade precisa do setor produtivo para existir e, por isso, o ponto de vista deste segmento tem que ser considerado O Produtor rural não faz leis. Nós produzimos e geramos riqueza para o Estado. O governo por sua vez não cria, não planta, não produz. É um órgão arrecadador e gerenciador dos tributos que pagamos e que garantem a manutenção do Estado. Por isso chegou a hora do setor produtivo ser ouvido e respeitado no momento da definição das normas que eles terão que seguir, disse Vicente Falcão.