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Ferrugem Asiática será monitorada por grupos regionais

<p>As medidas foram aprovadas esta semana num encontro, realizado em Brasília, para estruturação do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja.</p>

Redação (19/05/06)- A criação de grupos regionais para o monitoramento da ferrugem asiática e a obrigatoriedade da observância de um período de vazio sanitário de 90 dias entre a colheita e o próximo plantio da soja, foram as principais medidas aprovadas esta semana num encontro, realizado em Brasília, para estruturação do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja.

Já para a próxima safra, os estados terão que definir calendários de plantio respeitando o vazio sanitário, única forma de evitar a multiplicação do fungo. O manual operativo do programa será concluído durante os trabalhos do 4 Congresso Brasileiro de Soja em Londrina, no Paraná, que deverá ocorrer de 5 a 9 de junho próximo.

Realizado no Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o encontro reuniu representantes de 10 secretarias estaduais de agricultura, da área de pesquisa agrícola e de setor produtivo, além de técnicos do Mapa.

Segundo André Peralta, do Departamento de Sanidade Vegetal, cada estado produtor de soja terá um grupo regional integrado por produtores, pesquisadores, representantes de órgãos de defesa vegetal, de distribuidores de insumos e de entidades de informação meteorológica, que avaliarão condições climáticas e a presença ou não da praga em cada região.

As informações por eles coletadas serão gerenciadas num fórum nacional constituído pelo consórcio antiferrugem, composto por especialistas e representantes de vários órgãos nacionais. As ações de treinamento e capacitação para o reconhecimento da praga estão contempladas no programa.

Presente em todos os estados produtores de soja, exceto em Roraima, a ferrugem asiática (provocada por um fungo que ataca as folhas da planta) pode comprometer até 100% da lavoura. Detectada no país na safra 2001/2002, vinda provavelmente do Paraguai, a praga provocou perdas significativas na safra seguinte e no ano passado atingiu mais duramente o estado do Mato Grosso.

Peralta alerta que o monitoramento da ferrugem deve ser constante “e havendo suspeita, as folhas atingidas devem ser encaminhadas ao laboratório para laudo oficial”. Segundo ele, o país já conta com 59 laboratórios habilitados a identificar a praga, mas ainda não existem variedades de soja resistentes a ela. Para a safra 2007/2008 a Embrapa vem prometendo uma variedade resistente ao fungo.