Redação (02/05/06) – O governo brasileiro, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), vai apoiar os países da América-Latina e do Caribe no diagnóstico da influenza aviária.
O Brasil oferecerá treinamento técnico no diagnóstico da doença e também poderá receber material coletado pelos países da região para avaliação na rede de laboratórios oficiais do Mapa.
A colaboração foi acertada na Venezuela, durante a 29 Conferência do Fundo das Nações Unidas para América-Latina e Caribe, que terminou hoje em Caracas. Recentemente, um técnico do Paraguai recebeu treinamento para diagnóstico de influenza aviária no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) localizado em Campinas (SP).
Segundo o diretor da SDA, que participou da conferência em Caracas, o Brasil também oferecerá aos países participantes da conferência em Caracas parceria e colaboração em estudos de aves migratórias.
Para dar maior rapidez no diagnóstico da influenza aviária, o Brasil está ampliando a capacidade operacional da sua rede oficial de laboratórios, composta pelos Lanagros de Campinas, Belém (PA), Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO). As metodologias para diagnósticos mais rápidos estão sendo implantadas em toda a rede, esclareceu a assessora técnica da Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial da SDA, Lúcia Maria Branco de Freitas Maia.
O Lanagro de Campinas, atualmente o único de referência para doença das aves, já conta com equipamentos avançados. De acordo com a assessora, em breve o laboratório de Campinas poderá fazer o diagnóstico por biologia molecular, que permite, além de maior rapidez nos resultados, um melhor estudo do comportamento do vírus, com a sua identificação e caracterização genética.
Em março, o secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Alves Maciel, anunciou a liberação de R$ 39 milhões para modernização da rede oficial de laboratórios do Mapa. Além disso, o Mapa deu início esta semana, em Recife, ao treinamento de fiscais federais e estaduais em vigilância de aves. Serão realizados ao todo dois treinamentos nacionais e doze estaduais. A previsão é de que 1.700 técnicos passem pelo Curso de Vigilância em Doenças de Aves.