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SC oficializa adesão ao Plano de Prevenção à Influenza

<p>Secretário de Agricultura assina Portarias criando o Comitê de Sanidade Avícola e Grupo Especial de Atendimento Sanitário Emergencial. O ato oficial ocorreu na AveSui em reunião com representantes do setor avícola.</p>

O secretário Felipe Luz assina portarias criando o Cesavi e Gease – Aves

Redação AI (26/04/2006) O secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Felipe Luz, assinou na tarde desta quarta-feira (26/04), em reunião realizada na AveSui, os atos de criação do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Cesavi) e do Grupo Especial de Atendimento Emergencial – Aves (Gease Aves).

Participaram da reunião representantes da Secretaria, da Cidasc, UBA, Sindicarnes, Sadia e Perdigão. Com a criação oficial do Comitê, o próximo passo é encaminhar a documentação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a adesão do Estado ao Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e Prevenção e Controle à Doença de Newcastle.

Na reunião, o gerente estadual de Defesa Sanitária Animal da Cidasc, Claudinei Martins, apresentou um relatório de todos os trabalhos desenvolvimentos até o momento, como o georreferenciamento de toda a pecuária catarinense. São 235 mil propriedades rurais e aproximadamente 7,5 mil estabelecimentos avícolas comerciais. Há ainda algumas pendências a serem resolvidas, como a elaboração de um Manual de Biosseguridade para os envolvidos na produção avícola e a criação de um laboratório de referência no Estado. O Centro de Diagnóstico em Saúde Animal (Cidasc), laboratório localizado na Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia, já está sendo reformado e adaptado a esta finalidade.

Os principais corredores utilizados para o transporte de aves também já estão identificados, juntamente com os locais para instalações de barreiras de controle sanitário. Embora no Plano de Prevenção não se proíba o trânsito interestadual de aves – há apenas uma restrição para que o transporte só seja feito a partir de granjas certificadas com destino definido no GTA (Guia de Transporte Animal) – as agroindústrias e cooperativas da região Sul formalizaram um pacto informal no qual não enviarão suas aves para serem abatidas fora do Estado de origem.

“Defesa sanitária é uma prioridade”, diz Luz

Compartimento Durante a reunião de hoje também foi apresentada uma proposta de compartimentalização para Santa Catarina. O Estado seria dividido em quatro regiões, onde cada uma conteria todas as etapas produtivas, saindo de lá apenas o produto processado. Uma transição que exigiria da agroindústria uma adaptação para concentrar todo seu processo produtivo em uma região específica, embora isto seja facilitado pelo fato do oeste catarinense concentrar 79% da produção de aves do Estado. “A proposta foi bem aceita pelos participantes, mas exige uma logística grande e, portanto, deverá acontecer em um segundo momento”, explicou Felipe Luz. De acordo com o secretário, apesar da crise que atinge a agricultura, a questão da prevenção à Influenza Aviária é fundamental, considerando a importância do setor para a economia do estado e do País. “É fato notório que estamos enfrentando uma crise no setor agrícola, e é até provável que alguns programas do governo sejam interrompidos, mas a defesa sanitária é uma prioridade, e para isso as empresas estão trabalhando junto com o poder público. Apesar das dificuldades, estamos vivendo um dos momentos de maior integração entre agroindústrias e o governo”, completou. Os participantes foram unânimes em admitir que o risco da entrada do vírus da Influenza no Brasil é remoto. “Mas é necessário que estejamos prontos para qualquer eventualidade”, ressaltou o secretário de agricultura.

*Fotos por Mariana Vasconcellos