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Diplomata arremata em leilão a indústria de suínos de Guarujá do Sul

<p>Este foi o primeiro leilão de uma unidade frigorífica completa em Santa Catarina.</p><p></p>

A Diplomata S/A Industrial e Comercial, empresa paranaense com sede em Cascavel, arrematou por R$ 5 milhões 883 mil reais o complexo agroindustrial de abate e processamento de suínos da Guarujá Alimentos S/A, situada no quilômetro 46 da rodovia federal BR163 no município Guarujá do Sul, no extremo oeste de Santa Catarina.

 

Na previsão do leiloeiro oficial Ruy W. Baldissera, os lanços poderiam atingir até R$ 9 milhões de reais, mas o quadro econômico internacional e as tensões que vive o mercado da carne com gripe aviária em alguns países e febre aftosa em alguns estados brasileiros perturbaram o leilão e derrubaram as ofertas. A proposta da Diplomata foi levada a termo e encontra-se para despacho. Se homologada será emitido auto de arrematação e, decorridos os prazos legais de 10 dias para eventuais embargos será, então, expedida a carta de transferência dos bens ao licitante. A proposta prevê pagamento à vista 10% do valor e, os 90% restantes, serão divididos em 24 prestações mensais corrigidas pelo índice de poupança judicial.

 

O leilão chamou  atenção de investidores institucionais,  clubes de investidores, pessoas físicas, proprietários de sistemas privados de integração e pecuária intensiva e associações de produtores manifestaram interesse pela arrematação da indústria que era conhecida como Frigorífico Frigor. No pregão, entretanto, registrou-se apenas uma oferta.

 

O Frigor pertencia à Guarujá Indústria e Comércio Ltda. adquirida, em 1997, pela Guarujá Alimentos S/A, cujo capital majoritário (75%) era controlado pelo Grupo Apetito de São Paulo e o capital minoritário (25%) foi subscrito por investidores de Guarujá do Sul, onde localiza-se a matriz.

 

A falência da Guarujá Alimentos S/A foi decretada em 12 de dezembro de 2000 pelo então juiz Leone Carlos Martins Júnior e a realização do ativo (a transformação  dos bens em dinheiro através de leilão) foi determinada pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, ambos da comarca de São José do Cedro.

A indústria, que está fechada há seis meses, tem capacidade instalada para abater 1.000 suínos por dia. Sustentava 300 empregos diretos e cerca de 1.500 indiretos, gerando movimento econômico da ordem de R$ 5 milhões de reais/mês naquela região.

 

O conjunto terrenos rurais, prédios máquinas e equipamentos   está em excelentes condições e o arrematante poderá iniciar de imediato a produção, destaca o leiloeiro Ruy W. Baldissera.

 

O acervo de bens da falida é constituído por quatro terrenos rurais com área total de 212.299 metros quadrados sobre os quais está construído um conjunto de prédios industriais com área total de 7.145 metros quadrados. Os imóveis, edificações e benfeitorias estão avaliados em R$ 4 milhões 237 mil reais; os móveis e equipamentos instalados, em R$ 2 milhões 281 mil reais.

 

A agroindústria se compõe de 14 prédios:  abatedouro, industrialização e câmaras frias, graxaria, triparia e refinaria de banha, subestação e sala de máquinas, administração, restaurante e vestiário, caldeira, guarita, curral de bovinos, pocilgas, lavação de caminhões, tanque de flotação, reservatório de água, fumeiros, oficina mecânica e depósito, hall de entrada e sanitários, central de água quente.