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Grãos

Acordo entre Rússia e Ucrânia pressiona o trigo na Bolsa de Chicago

Milho também recuou; soja fechou o dia em alta

Acordo entre Rússia e Ucrânia pressiona o trigo na Bolsa de Chicago

Os contratos futuros do trigo recuaram na bolsa de Chicago na sessão de hoje (20/3), pressionados pelo mau humor geral nos mercados com a crise do Credit Suisse e pela renovação do acordo entre Ucrânia e Rússia que permite aos ucranianos exportar grãos pelo Mar Negro. Os contratos do cereal para maio caíram 1,37%, ou 9,75 centavos, a US$ 7,0075 o bushel.

Russos e ucranianos renovaram o acordo no último fim de semana, o que indica aumento de oferta de trigo e elimina boa parte das dúvidas que pautaram os mercados de grãos ao longo da semana passada. Mas, mesmo com a renovação, ainda há algumas incertezas.

“Enquanto falta clareza sobre alguns detalhes, é preocupante que o acordo tenha sido estendido possivelmente por apenas 60 dias, e não por 120, como ocorreu anteriormente”, observou Harpinder Collacott, diretor executivo da ONG Mercy Corps, em nota. Além disso, continuou, “qualquer extensão do acordo de grãos não é nada diante da necessidade de ajudar a aliviar a falta global de grãos e aliviar a insegurança alimentar em várias partes do mundo”.

Milho

As cotações do milho recuaram hoje na bolsa de Chicago, em um dia de volatilidade nos mercados globais por causa do colapso do Credit Suisse. Os contratos do cereal terminaram a sessão em leve baixa, de 0,2%, ou 1,25 centavo, a US$ 6,33 o bushel.

Soja

Os sinais de demanda forte internacional pela soja americana deram impulso aos preços futuros do grão na bolsa de Chicago. Os contratos para da oleaginosa maio subiram 0,64%, ou 9,5 centavos, a US$ 14,86 o bushel. As importações chinesas de soja dos Estados Unidos cresceram 15,4% nos primeiros dois meses deste ano, para 11,6 milhões de toneladas, informou hoje o serviço alfandegário da China. Já as importações do grão do Brasil caíram 36% em relação ao mesmo intervalo de 2022, para 2,26 milhões de toneladas.