Da Redação 13/12/2005 – A partir de amanhã, começa a vigorar a ampliação das restrições comerciais da Rússia ao Brasil em função da ocorrência de febre aftosa. Além de restringir a compra de carne de toda espécie, do leite e de seus derivados produzidos no Mato Grosso do Sul, medida adotada em outubro, o governo russo passará a embargar a importação de animais vivos, carnes suína, bovina e de aves do mesmo Estado e também do Paraná. Além disso, os russos não poderão importar os equipamentos para a manutenção, o abate e o processamento de animais paranaenses e sul-mato-grossenses.
A ampliação do embargo também inclui os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Desses seis Estados, o governo russo determinou que não poderão ser importados animais vivos, carnes suína e bovina e produtos de carne crua de suínos e bovinos.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que recebeu o comunicado na última sexta-feira do Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária da Rússia, vai enviar a Moscou uma missão ofical para tentar flexibilizar o embargo. A missão viaja amanhã com o objetivo de obter esclarecimentos detalhados das autoridades sanitárias russas sobre as restrições e negociar a suspensão do embargo.
Queremos primeiro conhecer as razões pelas quais os russos adotaram esse embargo. Não vemos nenhuma justificativa para tal gesto afirma o coordenador geral de Combate às Doenças do Mapa, Jamil Gomes de Souza.
A Rússia é o principal mercado para as carnes brasileiras. Entre janeiro e outubro deste ano, as exportações de carne para aquela País chegaram a US$ 1,4 bilhão.