Redação AI 06/12/2005 – Especialistas dos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Saúde iniciam esta semana o monitoramento das aves migratórias que começam a chegar na Lagoa do Peixe, entre os municípios de Mostardas e Tavares, como prevenção à gripe aviária. Conforme a chefe do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, Maria Tereza Queiroz Melo, nesta época, o fluxo de aves no local aumenta 40%, com destaque para a chegada de maçaricos, do Canadá,e flamingos, do Chile. No entanto, a bióloga alerta que esta sorologia é a terceira a ser realizada, numa ação rotineira no parque. “Não é só por causa da gripe aviária. É uma análise de qualquer zoonose, para combater doenças das aves””, informa a dirigente.
Os veterinários, biólogos e técnicos dos ministérios fazem exame de sangue, através da captura das espécies numa rede, e tentam isolar vírus, analisam doenças e colocam anilhas (anel) nos exemplares. Sobre as espécies que aportam no Rio Grande do Sul pela região Litoral Norte, tranqüiliza. “São espécies de rotas migratórias diferentes da região da gripe aviária. Os animais estão fugindo do frio, e vem para cá para reprodução e troca de penas”, sinalizou. As coletas para os exames serão enviadas para o laboratório do Ministério da Agricultura (Mapa) e a previsão é que os resultados sejam conhecidos no início do ano que vem. O Parque Nacional da Lagoa do Peixe tem 34,5 mil hectares e abriga mais de 80 espécies de aves.