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Novo complexo de Mineiros (GO)

<p>Obras da Perdigão estão aceleradas e produtores começam a receber financiamentos.</p>

Redação (02/09/05) – As obras do novo complexo agroindustrial da Perdigão em Mineiros (GO) estão em ritmo acelerado e hoje (01/09) serão assinados, com o Banco do Brasil, os primeiros contratos para financiamento de granjas de produtores integrados, dando início a uma cadeia de 185 núcleos de produção a serem instalados nos próximos três anos.

Para conhecer o projeto, um grupo de autoridades regionais e formadores de opinião visitou hoje o canteiro de obras, uma área de 135 hectares às margens da rodovia GO 359, onde os trabalhos de terraplanagem que movimentaram 700 mil m3 de terra estão em fase de conclusão e as obras de estaqueamento avançam rapidamente. Também já está sendo finalizado o processo de licitação para a execução das obras civis das instalações, que deverão ocupar 55 mil m2.

À noite, o governador Marconi Perillo preside evento, no CTG (Centro de Tradições Gaúchas), durante o qual além dos contratos de financiamento de integrados serão assinados diversos atos prevendo parcerias em projetos ambientais entre o Governo do Estado e a empresa, e doação de áreas, pela Prefeitura de Mineiros, para a construção de incubatório, fábrica de rações e casas para funcionários do novo complexo.

Contratos

Os cinco contratos a serem assinados hoje com o Banco do Brasil, para o financiamento de granjas do sistema integrado que vão produzir perus e chester , somam aproximadamente R$ 6,8 milhões. Os recursos virão do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). Outros processos de financiamento estão em andamento e deverão ser liberados em breve, podendo incluir também recursos repassados pelo FAT ( Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Para participar da seleção, os produtores rurais precisam dispor de propriedade de 60 hectares, distante até 60 quilômetros do local onde está sendo instalado o complexo e ter perfil de empreendedor. Todos os integrados deverão ter certificação ambiental para implantação e operação dos módulos agropecuários, antes de começar as obras e o alojamento de animais.

Outros atos

Durante o evento realizado no CTG, a Prefeitura de Mineiros assinou protocolo de intenções para a doação de áreas para a construção do incubatório (70 mil m2) e da fábrica de rações (200 mil m2) que farão parte do novo complexo. A Prefeitura se comprometeu também a doar seis lotes urbanos, num total de 1720 m2 para a construção de casas para funcionários da unidade.

A Perdigão assinou termo de parceria e cooperação técnica com a Agência Ambiental de Goiás, prevendo investimentos da ordem de R$ 720 mil. Estão previstos a implantação de programas de educação ambiental em escolas de Mineiros, projetos de recuperação e monitoramento de mananciais de água e outros projeto ambientais a serem executados pela empresa.

O convênio inclui ainda parceria nos projetos “Aquação”  e “Araguaia Limpo” , executados pela agência. O acordo estabelece a doação de dois veículos para ajudar a agência em seu trabalho de monitoramento, fiscalização, licenciamento, pesquisa e proteção ambiental.

Com a Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior de Mineiros (Fimes) foi firmado convênio para o fornecimento de mudas de eucalipto para projetos de reflorestamento da empresa e para a produção de mudas, que serão utilizadas no sombreamento dos aviários.

O projeto

O início das operações do complexo agroindustrial da Perdigão em Mineiros está previsto para o segundo semestre de 2006, devendo atingir sua plena capacidade no segundo semestre de 2008. Os investimentos da empresa para implementação do projeto estão estimados inicialmente em R$ 240 milhões, incluindo recursos do BNDES. Já os produtores integrados vão investir R$ 270 milhões na construção dos 185 módulos de produção.

A cadeia de integração, quando totalmente implantada, deverá consumir aproximadamente 210 mil toneladas/ano de milho e 120 mil toneladas/ano de farelo de soja, dando melhor destino aos grãos produzidos em Mineiros e que são a principal base econômica do município.

A nova unidade terá capacidade para processar 81 mil toneladas de carne por ano, destinadas basicamente para o mercado externo, e deverá abrir cerca de dois mil novos postos de trabalho e criar seis mil empregos indiretos, consolidando a posição da empresa como maior empregadora do Centro-Oeste.