Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Região Sul perde liderança da safra agrícola para o Centro-Oeste

<p>Segundo especialistas, esta tendência de aumento da participação do Centro-Oeste na produção agrícola nacional já era esperada (com a grande expansão agrícola dos últimos anos), e acabou sendo antecipada pela estiagem que afetou o Sul.</p>

Da Redação 02/08/2005 – A intensa estiagem que afetou a Região Sul do país durante os primeiros meses do ano provocou uma significativa quebra na produção agrícola local, sendo que pela primeira vez na história, ela perderá a liderança nacional, sendo ultrapassada pelo Centro-Oeste. 

A redução total da safra agrícola da região chegou a pouco mais de 10 milhões de toneladas, ou cerca de 45% da previsão inicial, que era de 22,34 milhões de toneladas. Desta forma, os produtores colheram apenas 12,34 milhões de toneladas. 

Mais de 95% da quebra ocorreu nas lavouras de soja, especialmente no território gaúcho, onde foram perdidas 6,9 milhões de toneladas de grãos (quase 75% da safra do estado). Já no PR, a redução ficou acima de 2,2 milhões de toneladas. 

Esta grande quebra na produção de grãos da região permitiu que a safra do Centro-Oeste atingisse a liderança nacional pela primeira vez na história, principalmente em função das plantações de soja, milho e arroz. 

Segundo os especialistas, esta tendência de aumento da participação do Centro-Oeste na produção agrícola nacional já era esperada (com a grande expansão agrícola dos últimos anos), e acabou sendo antecipada pela estiagem que afetou o Sul.

Além disto, praticamente não existem mais terras agricultáveis disponíveis na Região Sul, enquanto que o Centro-Oeste respondeu pela maior parte do aumento de 11,6 milhões de hectares de terras cultivadas no país nos últimos 10 anos. 

Os agrônomos afirmam que o Centro-Oeste ainda apresenta outras vantagens, como o clima estável e quente (estação seca e chuvosa bem definidas, e com pouca chance de geada) e o terreno plano, que associadas à disponibilidade de terras, permitem a produção em larga escala.