Da Redação 18/07/2005 – A retomada das importações de sorgo da Argentina após três anos de embarques insignificantes está colaborando para garantir o abastecimento das indústrias gaúchas de aves e suínos. Até o mês de dezembro, deverão ser adquiridas cerca de 200 mil toneladas do grão produzido naquele país. Desde janeiro deste ano, já ingressaram no Rio Grande do Sul 70 mil toneladas do produto para suprir a falta do milho, cuja produção foi afetada pela estiagem.
Entre as vantagens da utilização do sorgo está o seu preço, cerca de 15% abaixo do valor do milho, embora com menor valor energético. Os grãos correspondem a mais de 70% da composição da ração animal. Segundo os empresários, os leilões de estoques públicos do governo federal também têm colaborado para equilibrar a oferta. ”O resultado dos leilões veio de forma indireta. O milho que estava com as cerealistas começou a aparecer”, explicou o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Aristídes Vogt.
Na última safra, o Estado produziu 1,64 milhão de toneladas de milho, uma quebra de 64%. A demanda no Rio Grande do Sul para ração animal é projetada em cinco milhões de toneladas para 2005. Conforme o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, as importações do Paraguai têm sido outro reforço na manutenção do quadro de estabilidade no fornecimento aos setores. De acordo com Kerber, os preços de internalização são compatíveis com os praticados no mercado nacional.