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Brasil rural: país que emprega

Cada vez mais, uma legião de vestibulandos troca o jaleco de doutor, por uma botina na roça. Motivo: emprego garantido!

Da Redação 07/01/2004 12h00 – Uma multidão de vestibulandos sonha agora com cursos dos quais sairão com emprego garantido. Agronomia é uma dessas profissões de futuro. Nos cursinhos, a procura pelo curso dobrou de um ano para cá. Quem sonhava com Medicina ou Odontologia, agora fala em trocar o jaleco de doutor, por uma botina na roça. “Estão mudando de curso pela demanda e interesse de emprego que está havendo nesta área”, diz o vestibulando Pedro Henrique.

Em algumas universidades federais como a de Uberlândia (MG), o curso de Agronomia já é o quinto mais procurado. No vestibular 2004, são 21 candidatos por vaga. Mais concorrido que o curos de Odontologia. A explicação para o entusiasmo na sala de aula está na crescente procura por mão-de-obra qualificada no campo. Segundo o Ministério da Agricultura, em 2003, o número de vagas na zona rural aumentou 18%. O agronegócio já emprega 17 milhões de brasileiros e ainda tem muito mais a oferecer. “O Brasil é o único país do mundo que ainda tem 500 milhões de hectares a serem explorados na atividade agrícola”, diz Fernando Juliatti, professor de agronegócios.

Maurício, um desses estudantes que escolheram a nova carreira, pegou o diploma e entregou a carteira para ser assinada. Saiu empregado da universidade, há seis meses.

Andrei Brandão Nunes formou-se engenheiro agrônomo há três anos. Já comprou terreno e carro e ainda se dá ao luxo de recusar propostas de trabalho. “Cada dia aparece mais trabalho e oportunidade e com isso você acaba descrtando empresas que querem a sua prestação de serviço”, diz.

Segundo Paula Handerger, professora de agronegócios da Universidade, nesta área existem vagas que ficam abertas durante meses sem serem preenchidas. Num país como o nosso esse é o maior diferencial do setor rural”, arremata.