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Produção ameaçada

Uma missão do Governo Federal vai discutir, esta semana, na Rússia, as cotas brasileiras de exportação de carne de frango. Elas entraram em vigor no início do ano e estão afetando cooperativas no Paraná.

Redação AI 19/01/2004 – 05h45 – A cota de cada país foi determinada de acordo com a exportação para a Rússia. Calculou-se a média de vendas dos últimos cinco anos. Como as exportações brasileiras cresceram muito nos últimos três anos, a cota brasileira ficou muito abaixo da capacidade de exportação do país. Uma cooperativa em Cafelândia, no oeste do Paraná, vende para a Rússia. Ela calcula que deixará de exportar 500 toneladas de carne de frango por mês. “Nós temos o reflexo direto das nossas exportações para aquele país. Porque as cotas aos outros países da Europa, são muito menores do que para a Rússia”, calcula Valter Pitol, presidente da cooperativa de Cafelândia.

No ano passado, o Brasil mandou para a Rússia 300 mil toneladas de carne de frango. Com cota, o número deve cair para 95 mil. Para tentar reverter essa situação, uma comitiva brasileira vai a Moscou. Em Brasília, o ministro do desenvolvimento Luis Fernando Furlan falou sobre a missão. “Nós vamos colocar nossos argumentos de uma forma muito tranqüila, mostrando que uma solução desse problema que é pequeno se for comparar as oportunidades, pode gerar oportunidades maiores para os dois países, num relacionamento bilateral.”

Até o ano passado, o mercado russo absorvia 10% das exportações brasileiras de carne de frango.