Redação AI 22/01/2004 – 12h11 – As exportações brasileiras de carne de frango foram o grande destaque do setor avícola em 2003. Não é para menos. Ano passado, a avicultura brasileira enviou para o mercado internacional 1,9 milhão de toneladas de carne de frango, obtendo uma receita de US$ 1,8 bilhão. Essas informações foram divulgadas ontem (21) pela União Brasileira de Avicultura (UBA), em entrevista coletiva de seus representantes à imprensa nacional.
“Esse foi o melhor desempenho da história das exportações brasileiras de frangos em volume e em receita cambial. Hoje, o Brasil exporta para 122 países”, comemora Zoé Silveira dAvila, presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA). “Nossos resultados no mercado internacional, em 2003, foram excepcionais. Crescemos nos três segmentos de exportação de frango: inteiro, cortes e industrializados e ainda obtemos a maior receita de toda a história, o que demostra que estamos valorizando nossos produtos”, completa Clóvis Pupperi, secretário executivo da UBA.
As exportações brasileiras registraram no ano passado um incremento de cerca de 20% em relação aos resultados obtidos em 2002. A taxa de crescimento dos volumes foi sustentada pelo desempenho dos cortes, que evoluíram 21,5% contra 18% do frango inteiro. “Aproximadamente 60% da carne de frango exportada em 2003 foram cortes. A tendência é que o mercado internacional passe a demandar cada vez mais esse tipo de produto”, informa o presidente da UBA. Zoé citou o exemplo do Japão, que exige que os cortes de frango sejam feitos manualmente. “Isso é muito importante para o Brasil porque, consequentemente, há uma maior necessidade de mão-de-obra”, completa. Atualmente, o setor avícola brasileiro emprega cerca de quatro milhões de pessoas.
Perspectivas – As expectativas quanto ao desempenho do setor em 2004 são bastante otimistas. Segundo Pupperi, a Associação Brasileira de Exportadores de Frango (Abef) prevê um crescimento nos volumes de 10% e de 15% na receita cambial. Para tanto, a entidade tem como estratégia intensificar seus esforços para conquistar novos mercados, como por exemplo o dos EUA, Coréia do Sul, Índia, México Chile, Guatemala etc.
Quanto à participação brasileira no mercado uusso, Pupperi acredita que a situação deve-se resolver a médio prazo. “Estamos otimistas. Neste momento, o Furlan [ministro do Desenvolvimento] e o Rodrigues [ministro da Agricultura] estão na Rússia para tentar contornar o problema da ausência do Brasil na participação de cotas do mercado russo”, afirma Pupperi. ” Acreditamos que esse assunto seja contornado e que possamos garantir nossa participação no mercado russo, que é extremamente importante para a avicultura brasileira”.
Outra meta da entidade para 2004 é continuar investindo, em conjunto com o Ministério da Agricultura, na estrutura de defesa animal do Ministério para assegurar a sanidade animal e a qualidade dos produtos brasileiros, requisitos imprescindíveis à manutenção da participação no mercado internacional.