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Rússia mantém cotas para compra de carne

Restrição prejudica suinocultores.

Redação SI 19/02/2004 – 05h15 – O governo só conseguirá ampliar as cotas de exportação de carnes para a Rússia a partir de 2005. Em uma visita de três dias ao Brasil iniciada ontem, o vice-premier russo, Boris Alioshin, revelou que o governo de Moscou ainda não decidiu se irá rever as cotas estabelecidas para 2004.

“Não vejo com entusiasmo nenhuma mudança substancial ou de comportamento dos russos para compra de carne neste ano”, afirmou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, ao abrir uma reunião com produtores e exportadores de carne suína, em Brasília.

Conforme os parâmetros fixados no ano passado, os brasileiros terão de disputar com diversos concorrentes uma pequena parcela da cota de carne no mercado russo. No caso da carne suína, a decisão da Rússia de dar ao Brasil uma pequena cota para exportação em 2004 vai gerar um excedente interno de 170 mil toneladas, segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), Pedro Bohner, que participou do encontro com Rodrigues e outros dirigentes do setor.

Entre as sugestões dos produtores e da indústria, estão redução de 0,5% a 1% no alojamento de matrizes, diminuição de quatro quilos no peso médio de abate, abate de leitões de 24 quilos para diminuir a oferta, estímulo a campanhas de marketing e promoção da venda no mercado interno.

O governo ficaria responsável por incluir a carne suína na política de preços mínimos (para aquisição de 30 mil toneladas), liberar crédito com 8,75% de juros para estocagem, incluir o produto para consumo em instituições públicas e aumentar as exportações. Conforme Rodrigues, o governo estuda a liberação de R$ 200 milhões para socorrer a suinocultura nacional.