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Fabricante brasileiro quer dobrar exportação de ovos

De olho no mercado externo, que está em busca de países livres da gripe do frango, os fabricantes brasileiros de ovos estão animados.

Redação AI 26/02/2004 – 05h40 – Não são apenas as granjas que comercializam carne de frango que estão comemorando as oportunidades abertas no mercado externo pela incidência da gripe aviária na Ásia e nos Estados Unidos. De olho na movimentação do mercado externo, que está em busca de países livres da gripe do frango que forneçam ovos, os fabricantes brasileiros se animam com a possibilidade de duplicar o volume de exportações neste ano.

“Queremos abrir novos mercados e a chance é agor”, diz o diretor-executivo da Associação Paulista de Avicultura (Apa), José Carlos Teixeira. “Nossa meta é de aumento de 6% a 10% na produção doméstica de ovos neste ano, dobrando, desta forma, o volume de exportações”. Em 2003, houve queda de 12% no volume produzido no mercado doméstico em relação ao ano anterior.

Teixeira conta que o País já vem recebendo um volume considerável de consultas externas para novos contratos de exportações. Segundo ele, no fim do mês produtores brasileiros se reunirão com uma missão comercial da Coréia do Sul e outra do Japão com vistas a ampliar as remessas de ovos para estes mercados. Outro país que ensaia enviar representantes para o Brasil é Cingapura.

Atualmente, o Brasil exporta por volta de 8% de sua produção. O principal destino é o Japão, que absorve 80% das remessas brasileiras, embora o País também embarque ovos para Argentina, África e Oriente Médio; 97% das exportações referem-se a ovos industrializados, ou seja, em forma líquida ou em pó, enquanto os 3% restantes são ovos em casca.

De acordo com Teixeira, a produção de ovos no País está em uma trajetória de queda. Pelas projeções da Apa, a produção deve voltar a crescer a partir de abril, período em que o número de alojamentos, iniciado em novembro e dezembro, será maior do que o de descartes. Além disso, este é o mês em que se tem o pico da Quaresma, época em que historicamente se observa uma alta de 10% no consumo de ovos, dada a migração que ocorre de carnes para outras fontes de proteína.

Por outro lado, o preço do produto se mantém em trajetória de alta. Dados da Apa demonstram que a caixa com 30 dúzias de ovos extra branco custou em São Paulo (preço referência para o País), em 16 de janeiro, R$ 30,50. Em 17 de fevereiro, este valor saltou para R$ 42,50, o que denota uma alta de 39,34%.