Redação AI 15/03/2004 – 05h37 – Os últimos números divulgados sobre as exportações de frango deixaram o setor eufórico. Após previsões iniciais de crescimento entre 10% e 15%, por problemas sanitários na Ásia e Estados Unidos, o faturamento cresceu 40% em fevereiro na comparação com o mesmo período de 2003, atingindo US$ 187,4 milhões.
Em volume, o incremento foi menor, de 6,4% (185 mil toneladas). Estes números trazem grandes perspectivas para Santa Catarina, que responde por cerca de um terço das exportações de aves.
Para o mestre em agronegócios e pesquisador de sócio-economia da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, Pedro Guedes, Santa Catarina deverá estar entre os beneficiados desta expansão do frango nacional no mercado externo. Tudo porque as principais indústrias como Sadia, Seara, Perdigão e Aurora têm melhores condições de buscar estes espaços.
Depois de um crescimento de 6,1% no Estado em 2003, o frango pode crescer 20% em exportações em 2004, segundo o pesquisador da Embrapa. O analista do mercado de carnes do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), Jurandi Soares Machado, disse que existe uma boa perspectiva para as exportações de carnes. Ele afirmou que há um mercado aberto no Japão, devido a problemas sanitários nos Estados Unidos.
Empresas ampliam o abate de aves
Os sinais de recuperação já podem ser sentidos nas agroindústrias. A Aurora anunciou que a partir do mês de abril vai transformar em cortes 100% da produção da unidade de Maravilha. Antes, apenas 66% dos 150 mil frangos abatidos por dia tinha esse destino. O investimento de R$ 500 mil vai gerar 250 empregos.
Outro fator positivo é a retomada dos abates em Xaxim pela Diplomata, que opera com 150 mil frangos por dia. Até o final de abril, o abate deve atingir 210 mil aves por dia. Além disso, foi inaugurado em dezembro um novo frigorífico de aves em Guatambu, o Bondio que deve atingir 60 mil aves por dia neste ano. E a Seara deve investir R$ 60 milhões na ampliação de suas unidades.