Da Redação 29/03/2004 – 05h12 – A Tortuga, fabricante de suplementos minerais para alimentação de bovinos, suínos e aves, tem planos ambiciosos para 2004, quando completa 50 anos. A empresa brasileira, fundada pelo italiano Fabiano Fabiani e que faturou US$ 150 milhões em 2003, espera triplicar as exportações de suplementos este ano. No ano passado, foram US$ 600 mil. “Esperamos ampliar as exportações em progressão geométrica nos próximos anos”, afirma Guido Gatta, diretor de marketing.
Os números ainda são modestos em relação à receita total, mas a empresa considera que o diferencial de seus produtos – desenvolvidos para melhorar a produtividade dos animais – deve atrair clientes estrangeiros. Hoje, a empresa vende para quase toda a América Latina, além de Itália, França, Espanha e outros. Está fazendo “contatos” com Japão e países do leste europeu e planeja abrir escritórios comerciais no México e Colômbia ainda este ano.
A Tortuga exporta suplementos minerais que contêm os chamados “complexos orgânicos de liberação controlada”, desenvolvidos pela empresa a partir de uma tecnologia descoberta pelo cientista italiano Silvano Maletto, da Universidade de Turim.
Esses suplementos são obtidos através de um processo químico-físico chamado quelatação, pelo qual um elemento mineral inorgãnico como magnésio, ferro, zinco, por exemplo, é transformado em orgânico. A forma orgânica permite uma maior retenção dos minerais, e assim o animal pode ingerir uma menor quantidade para suprir suas necessidades nutricionais, explica Guido Gatta.
Além de melhorar a conversão alimentar, esses suplementos também ajudam o sistema imunológico dos animais, diz o diretor de vendas, Ivo Marega. Segundo ele, a expectativa é de que a Tortura fature 15% a mais este ano. Os investimentos em linhas de produção – para atender à demanda de importadores – deve chegar a US$ 3 milhões.