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SC quer repasse de milho da Conab

Segundo a Secretaria da Agricultura, são precisos pelo menos 500 mil t para regular os estoques.

Da Redação 18/05/2004 – 07h00 – A quebra na safra de milho provocada por uma estiagem de cinco meses aumentou ainda mais o déficit de milho em Santa Catarina. Para este ano, estima-se que será necessário comprar um milhão de toneladas, 25% a mais que em 2003, de outros Estados. O secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, disse ontem que o governo catarinense vai gestionar à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o repasse de pelo menos 500 mil toneladas do cereal para regular os estoques e, principalmente, o preço no Estado. “Nós estamos entre a cruz e a espada, pois temos de atender ao consumidor, que quer a redução no preço de mercado, e o produtor de milho, que aguarda o melhor momento para vender a produção”, comentou Sopelsa.

Lozivânio de Lorenzi, vice-presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), disse que a entidade já está gestionando à Conab a liberação imediata de 50 mil sacos para venda direta a balcão. O pedido foi feito no começo deste mês, mas até o momento não obteve resposta. “É uma quantidade pequena, suficiente apenas para 60 dias, mas o bastante para ajudar a baixar o preço de mercado. “

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, Clair Dariva, diz que só deve faltar milho em Santa Catarina a partir do mês de setembro. Isso porque segundo ele as agroindústrias e os grandes produtores de suínos já estão se mobilizando para comprar o produto do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

O produtor rural Fabiano Lanznaster, 31 anos, está terminando de colher os 28 hectares de milho plantados em Linha Simonetto, interior de Chapecó. Com uma quebra de 40% na safra, ele acredita que a partir de junho será necessário comprar 4 mil sacos de milho todos os meses para alimentar o plantel de 12 mil suínos. Lanznaster já fez parte dos cálculos e descobriu que o aumento no preço do cereal vai exigir um desembolso extra de R$ 18 mil por mês.