Da Redação 21/05/2004 – 06h15 – A brasileira Caramuru Alimentos está investindo R$ 8,5 milhões para modernizar e ampliar sua linha de milho, que em 2003 representou cerca de 10% de um faturamento de R$ 1,2 bilhão – a maior parte veio da soja.
Segundo César Borges de Souza, vice-presidente da empresa, do aporte total planejado já foram investidos R$ 1 milhão na unidade de Apucarana (PR) e outros R$ 7,5 milhões estão sendo aplicados em Itumbiara (GO).
Os recursos são divididos entre as operações de moagem e de degerminação do milho. Em Itumbiara, por exemplo, são R$ 4 milhões para modernização da moagem e R$ 3 milhões para o processo de degerminação. Outros R$ 500 mil destinam-se à instalação de um novo tombador, equipamento que facilita o descarregamento de caminhões com milho.
O processo de degerminação permite a retirada do germen do grão, e é no germen que se concentra o teor de óleo do milho. Com a separação, obtém-se grão com menos óleo, menor acidez e maior vida útil – e, a partir do germen, pode ser produzido o óleo, que a Caramuru também comercializa.
Com os investimentos em Itumbiara, a capacidade de processamento de milho da empresa aumentará de 600 para 800 toneladas por dia, e a moagem passará de 200 para 300 toneladas diárias, sempre segundo informações de Borges.
O executivo explica que o milho degerminado tem grande aceitação em cervejarias e indústrias fabricantes de salgadinhos e cereais matinais. “É um investimento basicamente voltado ao mercado doméstico”, diz Borges.
Lembra ele que a degerminação de milho foi o foco inicial da Caramuru, fundada em 1964. Apesar da ampliação dos gastos com milho, não é objetivo da empresa elevar a fatia do milho em seu faturamento, que em 2003 deverá alcançar R$ 1,5 bilhão, conforme previsão do vice-presidente. Na área de soja, a capacidade de processamento é de cerca de 1,2 milhão de toneladas por ano.