Redação AI 15/07/2004 – 08h50 – O surgimento de focos de influenza aviária na Tailândia, China e outros países da Ásia promete favorecer ainda mais as exportações de carne e derivados de frango do Brasil no segundo semestre. A avaliação é do diretor do Sindicarnes (que reúne indústrias produtoras de carnes e derivados) e presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, que faz previsões bastante otimistas sobre as exportações catarinenses no segundo semestre.
“A tendência é ampliar o volume exportado nos primeiros seis meses do ano”, mostra o dirigente, sem arriscar percentuais de aumento.
Pedrozo antevê apenas um problema que pode atrapalhar o projetado aumento nas exportações de frango. Segundo ele, os portos catarinenses há meses estão registrando falta de contêineres disponíveis para embarcar a produção das empresas exportadoras. “Infelizmente a infra-estrutura disponível não deve acompanhar esse aumento nas exportações. Algo precisa ser feito para solucionar o problema”, cobrou.
Balanço divulgado esta semana pela Abef (que reúne exportadores de frango) mostra que o acumulado janeiro-junho das exportações brasileiras de carne de frango chegou a 1,131 milhão de toneladas, ou 22% acima do verificado no primeiro semestre do ano passado.
A receita cambial somou US$ 1,221 bilhão, com um crescimento de 56%. “O resultado do primeiro semestre foi influenciado principalmente por problemas sanitários em grandes concorrentes como EUA, China e Tailândia.
Mas um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Não vamos contar com o mesmo resultado nos próximos seis meses. Já estamos detectando um arrefecimento no consumo da Europa e Ásia. Estamos mantendo as metas de crescimento das exportações de frango de 5 a 7 % em volume e de 10 a 15 % em valor”, disse o diretor-executivo da Abef, Cláudio Martins.