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Meio ambiente

Governo do Piauí dá apoio à Bunge.

Da Redação 24/08/2004 – Os advogados da Procuradoria do Estado do Piauí e da Bunge vão hoje para Brasília acompanhar o processo movido pela Funáguas (Fundação Águas do Piauí), na Justiça Federal, contra o uso de lenha como principal fonte energética da fábrica da empresa em Uruçuí (PI). “Queremos que a Justiça julgue o mérito da ação, uma vez que ainda prevalece o pedido de liminar de suspender as atividades da Bunge”, disse Jorge Lopes, secretário de Indústria e Comércio do Piauí. Lopes informou que o Estado está dando suporte à empresa.

Desde sábado, a Bunge suspendeu suas operações em Uruçuí porque seus estoques de lenha estão quase zerados. A múlti aguarda a decisão da Justiça e não descarta sair do Estado caso o problema não seja resolvido, informou Adalgiso Telles, diretor de comunicação corporativa da Bunge Brasil.

O processo começou em setembro de 2003, quando a Funáguas entrou com uma ação civil pública junto com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, contra a União, o Estado do Piauí, a Bunge, a Mineração Graúna e o Ibama. A ação questiona a lenha como principal matriz energética da Bunge e visa preservar o cerrado do Piauí. A ação também propõe que a empresas busque opções energéticas.

A Bunge diz que fez os estudos de impacto ambiental para o uso da lenha e que tem projetos de reflorestamento com a Mineração Graúna, aprovados pelo Ibama, para evitar o desflorestamento.

Segundo Telles, parte da lenha da região era queimada a céu aberto. Pelo projeto da Bunge, a madeira é utilizada em um processo não poluente. “Alternativas como queima de óleo, gás e derivados de petróleo, como sugeriu o Ministério Público, são mais poluentes”. As operações da Bunge em Uruçuí começaram em agosto de 2003. A empresa investiu R$ 100 milhões na unidade e planeja investir mais R$ 320 milhões até 2007.