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Prejuízo

Suspensão das vendas de soja para a China nos primeiros meses de 2004 causaram grandes perdas ao RS.

Da Redação 28/09/2004 – As restrições estabelecidas pela China em maio com relação à soja brasileira nos primeiros meses de 2004 provocou grande prejuízo ao Rio Grande do Sul. Em termos de perda de receita para o Estado, no primeiro semestre de 2004, o volume de soja vendido para a China rendia, em média, US$ 43 milhões mensais. Em julho, a receita obtida com essas exportações caiu para US$ 155 mil. Os dados foram divulgados na Carta de Conjuntura da Fundação de Economia e Estatística (FEE).

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio (Secex), os efeitos dessa crise para o Estado só ficaram bem claros no mês de julho: enquanto a quantidade média exportada pelo Rio Grande do Sul para a China, nos seis primeiros meses de 2004, foi de 151 mil toneladas por mês, esse volume caiu, no mês de julho, para apenas 500 toneladas.

De janeiro a julho de 2004, as exportações gaúchas de soja em grão para a China representaram em torno de 70% do total exportado do grão pelo Estado. Nos meses anteriores à deflagração da crise, chegou-se a ter um mês em que a totalidade das exportações gaúchas de soja em grão teve a China como destino. A crise praticamente paralisou as exportações gaúchas de soja em grão em junho.

A versão chinesa para as restrições decorreria do fato de terem sido encontrados grãos com vestígios de fungicidas usados para o tratamento de grãos a serem utilizados para o plantio misturados ao produto oriundo do Brasil, tornando-o impróprio para consumo.

Conforme a Carta de Conjuntura, outra explicação seria que os embargos à soja brasileira decorreriam das recentes restrições creditícias naquele país, que, ao encarecerem e limitarem a obtenção de capital de giro pelas empresas, estariam ou comprometendo as margens de lucro das indústrias esmagadoras chinesas ou restringindo a escala de funcionamento das mesmas.