Da Redação 05/10/2004 – O índice de preços recebidos (IPR) pelos produtores agropecuários paulistas, pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado -, fechou setembro com variação positiva de 0,77%, com perda de 1,24 ponto percentual na comparação com agosto (1,5%).
O resultado confirmou a expectativa do diretor do IEA, Nelson Batista Martin, que esperava alta de até 1% do indicador. Para outubro, ele espera nova variação positiva em torno de 1%, ainda sustentada, basicamente, pelo período de entressafra de grãos. A recente valorização do real em relação ao dólar, em contrapartida, deve seguir “segurando” saltos maiores do IPR, principalmente em decorrência do reflexo cambial nos preços domésticos dos produtos de exportação.
Em setembro passado, sustentou o índice o comportamento das cotações no grupo de produtos de origem vegetal, que, em média, subiu 2,95%. Nesse grupo, as maiores valorizações foram as do feijão (64,71%), do café (13,4%) e do amendoim (7,27%).
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Já o grupo de produtos de origem animal registrou queda média de 3,15%, com destaque para as retrações dos preços dos ovos (26,29%), do trigo (12,25%) e do boi gordo (2,79%). No caso do boi, contudo, já há uma recuperação em curso.
Com a variação de setembro, o IPR passou a registrar variação positiva acumulada de 2,93% de janeiro a setembro deste ano. Em igual intervalo, índices inflacionários como o IGP-M e o IPC-Fipe subiram mais – 10,25% e 4,82% (estimativa do IEA), respectivamente -, o que indica que o poder de troca dos produtores agropecuários do Estado de São Paulo segue sob pressão. Nos 12 meses até setembro último, a variação positiva do IPR chega a 5,28%, ante 11,9% do IGP-M e 6,2% do IPC-Fipe (estimativa).
