Da Redação 03/11/2004 – As valorizações da carne de frango confirmam que os exportadores brasileiros conseguiram abrir novos mercados suficientes para absorver boa parte da carne que deixou de ser enviada à Rússia, evitando impacto de oferta sobre os preços internos.
Comparando as cotações atuais às da semana do embargo (desde 20 de setembro), constatam-se altas de até 6,8% para o frango abatido congelado, na região de Pará de Minas, onde predominam criadores independentes. As menores valorizações foram no Estado de SP, mesmo assim, não se observaram recuos. Já no mercado de pintainhos, as expectativas de crescimento da procura não têm se confirmado; mesmo assim, os preços dessas unidades não caíram.
Preços
Os preços do suíno vivo, por sua vez, registraram quedas de 8,7% em Erechim (RS) e de 8,2% em Chapecó (SC), também em relação às cotações da semana do embargo. O impacto dessa queda aos produtores é amenizado pela redução também dos preços do milho e do farelo de soja, principais insumos utilizados na cadeia suinícola. A desvalorização desses produtos reflete a elevada oferta interna de milho, o anúncio da supersafra nos Estados Unidos e ainda a valorização do real.
Apesar dos recuos do suíno nos últimos 40 dias, de modo geral, os fundamentos ainda são altistas para o mercado suinícola, já que as formas de escoar a produção não só dentro do País como também no exterior encontradas pelos brasileiros mantêm a oferta de matéria-prima relativamente “enxuta”. Além disso, produtores alimentam também o otimismo quanto a melhores negociações e remunerações no fim-de-ano devido ao tradicional aquecimento da demanda por carnes.