A colheita da segunda safra de milho teve início de forma pontual em Mato Grosso, representando menos de 1% da área total, e espera-se uma intensificação dos trabalhos no final de maio e início de junho. Nas demais regiões, o ciclo pode ser mais prolongado devido às baixas temperaturas, que podem atrasar o desenvolvimento das plantações.
No entanto, os preços do milho continuam em baixa, conforme indicado por um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essa queda é influenciada pelas estimativas que apontam safras volumosas, principalmente no Brasil e nos Estados Unidos, onde o clima benéfico tem elevado as expectativas de produção.
Cenário global
Apesar da perspectiva de grandes safras, as negociações do cereal seguem enfraquecidas tanto no mercado interno brasileiro quanto para exportação. Isso ocorre porque os agentes estão priorizando os embarques da soja, o que tem impactado a demanda pelo milho.
A preferência pela soja no mercado de exportação está relacionada às condições favoráveis e à alta demanda pelo grão. Os produtores e exportadores estão concentrando seus esforços na comercialização da soja, deixando as negociações de milho em segundo plano.
Essa conjuntura tem gerado um cenário de menor demanda e pressionado os preços do milho para baixo. Os produtores e agentes do setor estão atentos às flutuações do mercado e buscando estratégias para enfrentar essa situação, como a diversificação de culturas e a busca por novos mercados.
É importante destacar que a safra volumosa de milho pode beneficiar outros segmentos da economia, como a indústria de alimentação animal, que utiliza o grão como insumo para a produção de ração.