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Chapecó suspende produção no PR

Porém, a empresa nega problemas sobre fornecimento de rações.

Redação AI 23/01/2003 – Sem capital de giro para adquirir insumos como milho e farelo de soja para seus integrados, a Chapecó Alimentos vai suspender temporariamente o abate de aves em sua unidade de Cascavel (PR). Desde o início da semana, os 422 integrados da empresa deixaram de alojar aves, que seriam abatidas entre a última semana de fevereiro e 1 de abril.

De acordo com o diretor-financeiro da Chapecó, Celso Schmitz, os 550 empregados da unidade ficarão em férias coletivas durante este período e retornarão ao trabalho a partir de abril. Ele afirmou que a empresa decidiu suspender os alojamentos de aves à espera da nova safra de milho e de soja. “Quando retornarmos, poderemos adquirir milho e soja mais baratos do que hoje”, disse. Segundo o diretor, com os atuais preços da matéria-prima, as margens da Chapecó estavam muito apertadas. O plano é que os alojamentos de aves sejam retomados no fim de fevereiro.

Enquanto a unidade de Cascavel estiver fechada, será feita manutenção técnica de equipamentos e adaptações para que a planta possa exportar para a União Européia, de acordo com Schimtz. Hoje, a produção de Cascavel é destinada principalmente ao Oriente Médio.

Ele negou que o abatedouro de Cascavel, o segundo maior da Chapecó, será fechado definitivamente, como afirmaram fornecedores de insumos ouvidos pelo Valor. Segundo esses fornecedores, isso poderia ocorrer porque o plano para capitalizar a empresa – que prevê a transformação de credores em acionistas – estaria demorando para ser implementado. Além disso, a Chapecó continua a atrasar o pagamento de seus fornecedores.

Celso Schimtz reconheceu que a empresa vem atrasando o pagamento a fornecedores em todas as regiões onde tem unidade. Ele afirmou, contudo, que não há problemas no fornecimento de ração para os integrados.