Redação AI 29/01/2003 – O Sindicato dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina (Sincravesc) deve convocar até o dia 10 de fevereiro uma assembléia para discutir a situação da Chapecó Alimentos.
Além do presidente da empresa, Alex Fontana, os avicultores do Estado vão solicitar a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e do secretário Nacional da Pesca, José Fritsch.
O presidente do Sincravesc, Valdemar Kovaleski, disse que a reunião de ontem (28) com os diretores da Chapecó Alimentos não trouxe garantias de abastecimento aos aviários nem de pagamento dos lotes em atraso.
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Kovaleski anunciou também que vai solicitar uma decisão política do governo federal de injetar recursos para zerar os débitos junto aos 800 avicultores integrados, que gira em torno de R$ 900 mil.
O atraso no pagamento dos criadores chega a 50 dias. Segundo Kovaleski os avicultores estão encontrando dificuldades em manter a propriedade com os atrasos de pagamento e fornecimento de ração.
Defesa da empresa – O presidente do Sincravesc relatou que os diretores da empresa destacaram que a crise foi ocasionada por problemas de caixa e o represamento da produção de suínos, em virtude da doença de Aujeszky, que paralisou a exportação de carne.
A perspectiva é de que a empresa ganhe um novo fôlego a partir da transformação dos bancos credores em acionistas, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Bozzano, Banco do Brasil e IFC, entre outros.
Essa capitalização deve ser concluída em até 60 dias. A intenção é usar este novo fôlego nas contas para atuar no mercado e buscar novos financiamentos.
Após o saneamento da Chapecó, a empresa deve ser vendida. O abastecimento das granjas também deve ser normalizado nos próximos dias, a partir da suspensão do alojamento de aves na unidade de Cascavel, no Paraná, trabalho que já foi iniciado.
