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CNA prevê renda agrícola quase 5% maior

Ano passado, o agronegócio respondeu por 29% da renda nacional, totalizando um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 424,3 bilhões.

Da Redação 14/03/2003 – Os agricultores podem ter mais lucros este ano, segundo estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgadas ontem (13). As estimativas são de um crescimento de 4,9% na renda agrícola, medida pelo valor bruto da produção dos 25 principais produtos do setor. A remuneração obtida pela atividade deve atingir R$ 137,6 bilhões este ano.

Mercado externo

O cenário favorável no mercado externo, a alta produtividade e a safra recorde é que devem determinar o bom desempenho do setor em 2003. Segundo informações de Getúlio Pernambuco, chefe do Departamento Econômico da CNA, apenas dois fatos podem comprometer o crescimento: uma possível guerra no Iraque, que elevaria os preços mundiais do petróleo e, consequentemente dos insumos agrícolas, e a alta dos juros.

Na área de carnes, a estimativa é de que as vendas externas cresçam 12% para frangos e 10% para suínos e bovinos. No ano passado, o setor registrou receita de US$ 3 bilhões – alta de 9,5% em relação ao ano de 2001. Beraldo diz que este ano, o crescimento pode ser semelhante, mas vai depender das pendências em relação à Rússia. Beraldo afirma que apenas a soja e as carnes podem agregar US$ 2 bilhões ao saldo da balança comercial de 2003. Em 2002, o superávit do setor ficou em US$ 17,3 bilhões, de acordo com a CNA.

Queda nos preços

No ano passado, o agronegócio respondeu por 29% da renda nacional, totalizando um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 424,3 bilhões, um aumento de 8,37% em relação ao ano anterior. Foi, no entanto, a agricultura a responsável por este crescimento.

Apenas o PIB agrícola registrou variação de 10,21%, chegando da R$ 72,72 bilhões, enquanto o pecuário ficou 4,29% superior a 2001, atingindo R$ 53,07 bilhões. Segundo a CNA, a pecuária cresceu menos porque em 2002 o cenário foi de queda de preços dos produtos deste segmento, além do aumento do custo de produção.