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Setor de aves redireciona foco para mercados chinês e japonês

Na substituição da Rússia, China e Japão estão na mira dos exportadores brasileiros.

Redação AI 10/04/2003 – Os mercados chinês e japonês estão na mira dos exportadores brasileiros de frango. Eles serão peça-chave na substituição da Rússia, que, ao impor novo sistema de cotas para os desembarques de carnes em geral, compromete duramente a performance do nosso produto no mercado internacional.

Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Cláudio Martins, os associados pretendem intensificar os embarques para o Japão e iniciar efetivamente as vendas para a China ainda em 2003.

Até então, as exportações de frangos para a China são feitas de modo tímido, via Hong Kong.

Caso o novo sistema de cotas imposto pela Rússia não seja revertido de um total de 744 mil toneladas de carne de frango (volume total da cota para 2003), caberão ao Brasil apenas 33,3 mil toneladas.

Para se ter uma idéia da importância do mercado russo, em janeiro de 2003 as exportações para aquele país avançaram 345% em relação ao ano anterior. Em 2002, as nossas vendas de frangos para a Rússia atingiram 296 mil toneladas, volume quase nove vezes maior que a cota estipulada para o Brasil. Além disso, no início desta semana norte-americanos e russos selaram novo acordo sanitário envolvendo o comércio de aves.

O acordo possibilita que os russos retomem, imediatamente, a inspeção de instalações de empresas avícolas exportadoras dos Estados Unidos.

Produção

A substituição de mercados se faz urgente uma vez que, segundo Martins, apesar do aumento da expectativa das exportações, o comércio mundial terá uma retração nas exportações internacionais, que cairão das 5,73 milhões de toneladas no ano passado para 5,7 milhões de toneladas em 2003. Em relação à produção mundial de carne de frango, haverá leve aumento este ano: de 60,9 milhões de toneladas em 2002, para 62 milhões de toneladas. A produção nacional está estimada em 8 milhões de toneladas, desempenho pouco superior às 7,5 milhões de toneladas registradas em 2002.