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Preço do milho desagrada produtores

As principais entidades goianas de produtores estão insatisfeitas com os preços que o governo vem sinalizando para o milho e recomendam os produtores a não se desfazerem dos seus estoques por enquanto.

Da Redação 26/05/2003 – As principais entidades goianas de produtores estão insatisfeitas com os preços que o governo vem sinalizando para o milho e recomendam os produtores a não se desfazerem dos seus estoques por enquanto. Os dirigentes reclamam que os contratos de opção para milho lançados pelo governo a R$ 17,30 a saca, com vencimento em setembro, na verdade representam preços atualizados de aproximadamente R$ 16,00, quando deduzidos os custos de armazenagem e juros até a data de exercício da opção.

Para o presidente da seção goiana da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Antônio Chavaglia, esse preço praticamente empata com os custos de produção do milho, que nesta safra ficou ao redor de R$ 15,00 a saca. Segundo ele a situação preocupa, principalmente, porque o produtor que plantou milho safrinha, comprou insumos com o dólar a R$ 3,80 e está vendendo a produção com a moeda americana a R$ 3,00.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Macel Caixeta, recomenda ao produtor que segure seus estoques de milho para forçar uma recuperação dos preços. Para que o produtor obtivesse uma remuneração aceitável, os preços precisavam chegar pelo menos a R$ 20,00.

O setor terá uma reunião com o secretário da Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, e a esperança é de que seja possível um acordo para melhorar os preços dos contratos de opção para milho.