Da Redação 02/06/2003 – O aumento da competitividade agropecuária do Mercosul passa por maiores investimentos em programas de defesa sanitária animal e vegetal, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, Roberto Rodrigues.
“Precisamos nos cercar de garantias em relação à sanidade para termos acesso a mercados”, afirmou Rodrigues, ao defender que o bloco estabeleça uma política comum na área zoofitossanitária.
O ministro participou da primeira reunião do Conselho de Agricultura do Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, mais Chile e Bolívia.
O principal tema em discussão na reunião, segundo o ministro, é a defesa sanitária animal e vegetal. Isso porque as maiores barreiras impostas pelos países desenvolvidos ao comércio agrícola estão relacionadas à sanidade.
“As doenças e pragas são hoje elementos complicadores de nossas negociações para abertura de mercados”, disse o ministro Roberto Rodrigues. Segundo ele, as nações ricas usam esses problemas para restringir as exportações agropecuárias do Brasil e dos demais integrantes do Mercosul. “Por isso, o governo brasileiro também fez questão de incluir as negociações internacionais na pauta do encontro”, disse o ministro.
Posição comum
O objetivo do primeiro encontro foi começar a definir uma posição comum dos países do Mercosul para as negociações das questões sanitárias e fitossanitárias na Organização Mundial de Comércio (OMC) e na Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Criado no mês passado, o conselho tem como meta intensificar a cooperação sobre o controle sanitário e fitossanitário no Cone Sul, atendendo assim às crescentes demandas por segurança alimentar.
Outra finalidade do grupo é discutir políticas comuns na área de sanidade e buscar posições conjuntas para defender nas negociações internacionais. “As entidades privadas representativas do setor agropecuário também vão participar dessas discussões”, afirmou.