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Embrapa e Fundação Bahia lançam nova cultivar de soja

BRS Corisco, cultivar de soja especialmente desenvolvida para o oeste baiano, será lançada hoje (01/07) durante o evento Divulgação de Resultados da Fundação BA, na Bahia.

Da Redação 01/07/2003 – A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Bahia de Apoio à Pesquisa lançam nesta terça-feira (01/07), a BRS Corisco, cultivar de soja especialmente desenvolvida para o oeste baiano, durante o evento Divulgação de Resultados da Fundação BA, no auditório Porto Brasil, em Barreiras, Bahia.

O evento deve reunir cerca de 200 profissionais, entre membros da Fundação Bahia e produtores de grãos da região. O objetivo é apresentar os resultados dos trabalhos de pesquisa relativos às culturas da soja e do milho, com destaque para a parceria entre a Embrapa e a Fundação BA.

Um dos principais resultados a ser apresentado é o desenvolvimento da BRS Corisco, que teve rendimento médio 10% superior, quando comparada à cultivar precoce mais usada na Bahia. A cultivar ganhou esse nome por sua rapidez em chegar à fase de maturação, o que lembra o relâmpago ou corisco.

“Essa precocidade, associada à facilidade de cultivo tanto em novembro (no cedo), quanto em dezembro (no tarde) é um diferencial importante, por causa da irregularidade das chuvas na região”, explica a pesquisadora Ana Cláudia Barneche de Oliveira, da Embrapa Soja.

Além desse ponto forte, a nova cultivar é ainda resistente a várias doenças que afetam a cultura da soja na região. A BRS Corisco é resistente à necrose da haste, aos nematóides de galhas Meloidogyne javanica e M.arenaria e moderadamente resistente ao nematóide de galha Meloidogyne incógnita.

“Essas características da nova cultivar são importantes, porque podem colaborar, de forma decisiva, para manter a competitividade da soja baiana”, explica Ana Cláudia.

Segundo a pesquisadora, a região oeste da Bahia tem grande potencial produtivo de grãos. Na safra 2001/2002, últimos dados disponíveis, a soja foi cultivada em 800 mil hectares e teve produção de 1,4 milhão de toneladas.

“Apesar dos baixos rendimentos nas duas últimas safras, principalmente por adversidades climáticas e ferrugem da soja, a região deve se consolidar como importante produtora de grãos”, avalia Ana Cláudia.