Redação SI (Edição 171/2003) – A garantia de uma alimentação saudável configura-se hoje como uma das principais preocupações dos consumidores no mundo todo. É cada dia mais evidente, sobretudo nos países mais desenvolvidos, o crescimento da demanda por alimentos produzidos sem o uso de substâncias e ingredientes químicos e com pouca interferência no processo natural de crescimento e terminação. Nesse contexto, os alimentos orgânicos vêm ocupando cada vez mais as prateleiras dos supermercados e conquistando a preferência de um número crescente de consumidores. Além do conceito da saúde, fatores éticos e sociais têm cada vez mais peso na hora de se comprar alimentos orgânicos. Embora a maioria desses consumidores sejam pessoas com elevado nível de escolaridade e com maior poder aquisitivo, a procura por alimentos orgânicos vem se difundindo por todas as camadas sociais. São pessoas interessadas em consumir alimentos oriundos de um sistema de produção ecologicamente correto, que garanta ao mesmo tempo a segurança do alimentos, a manutenção a longo prazo dos recursos naturais, o retorno adequado aos agricultores e trabalhadores rurais e o bem-estar dos animais. Embora cresça em ritmo acelerado o mercado de produtos orgânicos representa atualmente uma pequena fatia no mercado internacional de alimentos, cerca 5%. Por outro lado, sinaliza que há bom espaço para o crescimento desse tipo cultura no mercado internacional. No Brasil, o mercado de orgânicos cresceu, durante a década de 90, aproximadamente 50% ao ano. Segundo estimativas de Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural (IBD), uma das maiores certificadoras de orgânicos do País, o mercado nacional movimenta US$ 200 milhões anualmente, sustentado por mais de sete mil produtores e 270 mil hectares de agricultura e pecuária orgânica. Ou seja, o mercado para produtos orgânicos é grande e apenas começou a ser explorado.
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