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Mercado externo ajudou a equilibrar oferta e estabilizar preços

Entre os meses de janeiro e julho, de acordo com a UBA, foram exportados 1.048.198 toneladas, resultado 0,73% maior que no mesmo período do ano passado.

Redação AI 26/08/2003 – A expansão do mercado internacional para a carne de frango brasileiro ajudou a equilibrar a oferta do produto no País e a estabilizar os preços. Entre os meses de janeiro e julho, de acordo com a União Brasileira de Avicultura (UBA), foram exportados 1.048.198 toneladas, resultado 0,73% maior que no mesmo período do ano passado. As previsões da UBA, no entanto, são que até o fim do ano sejam embarcadas mais 1,7 milhão de toneladas, 10% a mais que em 2002.

Seguindo essa tendência a DaGranja – que mantém uma unidade em Uberaba – ampliou de 500 toneladas/mês para 2,7 mil toneladas/mês o volume de exportações de carne de frango entre 2002 e 2003. Os principais mercados atendidos pela empresa são os países da Europa, para onde são enviados cortes mais nobres como filé e peito. A empresa também atende o mercado asiático, especialmente Japão e China, principal compradora de patas de frango.

Na unidade de Uberaba a empresa abate seis mil toneladas de carne/mês, mas mantém uma capacidade instalada capaz de processar 7,2 mil de toneladas/mês. Em Passos, a possibilidade de ampliação é ainda maior e pode chegar a 100%, quando a empresa poderá processar cinco mil toneladas de carne/mês. Se forem confirmadas as previsões de abertura ainda maior do mercado externo para a carne brasileira, a DaGranja mais do que dobrará sua capacidade de processamento nas duas unidades em Minas, isso porque a indústria instalada no Paraná já atingiu sua capacidade plena de produção, que é de 9,5 mil toneladas/mês. A direção da empresa já iniciou o processo de adequação das fábricas aos padrões e normas internacionais de controle sanitário. Em regime de integração a DaGranja mantém, na região, 4,5 milhões de aves, que são abatidas a cada 43 dias e distribuídas em 230 propriedades.

O gerente da DaGranja, Cláudio Faria, atribuiu o bom momento do setor aos investimentos constantes em tecnologia e ao recuo nos preços de insumos, especialmente na cotação do milho, que custa hoje a metade do que custava no ano passado. Faria lembra que em menos de 20 anos o tempo médio de engorda do frango caiu de 80 para 45 dias. Nesse mesmo período, a participação do Brasil no mercado externo passou de 12% para 30% e hoje fica atrás apenas dos Estados Unidos, que no mesmo período tiveram sua participação reduzida de 55% para 40%. “Temos que continuar aproveitando essa tendência e ocuparmos o primeiro lugar nas exportações mundiais do setor. O Brasil tem que se consolidar como o maior produtor e exportador de alimentos do mundo”, diz.