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Mais barato

Pernambuco quer liberação da importação de milho transgênico, que pode chegar ao País com preços 12% menores.

Redação AI 27/08/2003 – O milho é o principal ingrediente da ração utilizada para alimentação dos frangos. A crise gerada pela falta de abastecimento interno vivia pelo Brasil em 2002 ainda deixa seqüelas. Em Pernambuco, cerca de 162 granjas foram fechadas, com o segmento deixando de arrecadar mais de R$ 100 milhões, segundo indicações da Associação Avícola do Estado (Avipe).

Para o seu presidente, Edilson Araújo Santos Júnior, a liberação da compra de milho geneticamente modificado pode reverter este quadro, possibilitando ao setor voltar a crescer.

Segundo Santos, o abastecimento do Estado é feito hoje por grão oriundo de Mato Grosso e Paraná que, em setembro próximo, deverá estar custando 13,6% a mais que o importado da Argentina. “Em setembro, a saca do milho argentino sairá por R$ 22,00 e pagaremos R$ 25,00 pelo produto vindo do Paraná”, afirma o dirigente.

A decisão de liberação de comercialização de transgênicos no Brasil é fundamental para a categoria no Estado, que espera, em breve, poder importar milho geneticamente modificado para que a avicultura local volte a ter tranqüilidade para crescer.

Segundo Santos Júnior, o problema da falta de milho para o Nordeste se arrasta há mais de três anos, desde que, em junho de 2000, a justiça proibiu a entrada no País do grão geneticamente modificado vindo da Argentina.

O presidente informa que de agosto de 2002 até hoje, mais de 17 mil pessoas perderam o emprego no Estado e 162 granjas foram fechadas por causa da crise. “O setor deixou de faturar mais de R$ 100 milhões”, declara.