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ABCS discute interesses da suinocultura

A reunião, com membros de várias entidades da classe, aconteceu em Porto Alegre (RS).

Redação SI 10/09/2003 – Os membros do Conselho Deliberativo Superior da ABCS reuniram-se em Porto Alegre (RS), no último dia 3. A reunião começou às 14h e terminou às 20h. Participaram o presidente da ABCS, José Adão Braun, e os presidentes das associações estaduais Gilberto Moacir da Silva (ACSURS), Wolmir de Souza (ACCS), Irineu Wessler (APS), José Arnaldo Cardoso Penna (Asemg), Eugênio Arantes Pires (AGS), Valdomiro Ferreira Júnior(APCS), Hélio Chaves Bastos (ASCE), e Raulino Teixeira Machado (Acrismat). Além deles, participaram os delegados Décio Bruxel (e vice-presidente da ABCS) e Márcio de Araújo (MG), e os vices presidentes da ABCS, Clair Dariva, Romeu Royer e Weber Dalavecchia.  Saiba o que foi tratado:

Panorama da suinocultura nacional cada participante do Conselho (que tem representantes de todos os estados produtores) fez seu relato da situação no seu estado em relação à crise de 18 meses, à situação de transição e à expectativa com novos e bons tempos para a suinocultura nacional. A partir dos relatos, concluiu-se que a crise foi demasiadamente forte, deixando sequelas para o setor produtivo em todos os estados.”Ficou evidente, também, que, pela retração da produção, os preços do suíno vivo estão se recompondo rapidamente, e, num futuro próximo, o setor deverá experimentar uma situação de equilíbrio, possibilitando a recuperação econômica dos produtores que resistiram à crise”, afirmou o presidente da ABCS, José Adão Braun.  Hoje, as principais preocupações do Conselho são: a) que  retomada da produção seja equilibrada, para que não ocorram novos excedentes, que sempre são os responsáveis pelo desequilíbrio dos preços; b) e que haja garantia de abastecimento de insumos; c) que ocorra uma prorrogação ampla dos financiamentos dos suinocultores que não dispõem de recursos para saldar seus compromissos financeiros. Esta,  é uma medida urgente e, certamente constitui-se na mais importante luta do momento.

Movimento reivindicatório das associações o presidente da ABCS  apresentou uma coletânea de mais de 50 expedientes encaminhados pela ABCS  às autoridades competentes, reivindicando providências para superação da crise. Além destes documentos, também as associações estaduais encaminharam inúmeras reivindicações a autoridades durante o ano de 2002 e 2003. Braun fez, ainda, um relato sobre reuniões e audiências realizadas pela ABCS e filiadas, com o mesmo objetivo dos documentos.

Câmara Setorial de Suínos, Aves, Milho e Sorgo foram discutidas as sugestões da ABCS, que serão levadas à reunião da Câmara Setorial, no dia 11, em São Paulo. O Conselho decidiu eleger quatro propostas prioritárias: 1) Abastecimento de milho e sorgo e implantação de uma política de produção e sustentação de preços destes produtos, em harmonia e equilíbrio com os setores consumidores especialmente suínos e aves ; 2) estabelecimento  de mecanismos de controle da produção e da demanda de carne suína, evitando-se os prejudiciais excedentes no mercado; 3) Sustação temporária de financiamentos a novos investimentos e empreendimentos em suinocultura, que visem aumentar a produção; 4) Coibição das graves distorções que se verificam na cadeia de comercialização da carne suína, oferecida aos consumidores, no varejo, a preços muito elevados em comparação aos recebidos pelos produtores. Outros itens a serem tratados são: legislação ambiental, tipificação de carcaças, tributação e fortalecimento da defesa sanitária.

Insumos 2004 houve uma discussão ampla do assunto, do ponto de vista nacional. Em todos os estados produtores de suínos, existe preocupação em relação à oferta de insumos a preços compatíveis. Pesquisas indicam a possível redução de 5% a 10% na produção em relação a safra 2002/2003, o que preocupa os suinocultores. Ficou evidenciada pelo Conselho,  a necessidade da Conab recompor estoques de milho capazes de atender ao possível déficit da produção que, segundo a ABCS, deve chegar a 10% do consumo interno cerca de 4 milhões de toneladas.