Da Redação 17/11/2003 – 03h55 – Clima, estoque de passagem, consumo interno, câmbio e preços internacionais são algumas das variáveis a serem levadas em conta a partir de janeiro. No segundo semestre acrescenta-se o desempenho da safrinha de inverno que pode aumentar em função da melhoria de preços.
Estoques de passagem – O quadro de oferta e demanda do mês de outubro aponta um estoque de passagem de 5,1 milhões de t, porém a tendência é de que este volume seja superior.
Clima – A primeira previsão de área para a safra normal de milho 2003/2004, realizada pela Conab, no mês de outubro, indica uma redução no plantio de 3,1% a 5,1%, comparando-se com o plantio de 2003.
A produção está projetada entre 31,0 e 32,0 milhões de t, o que representa um decréscimo entre 8,1% e 10,9%, pois além da redução na área, a produtividade estimada, comparada a obtida na safra passada, é menor, reflexo da redução da tecnologia.
O consumo brasileiro estimado pela Conab, em 39,6 milhões de toneladas, indica estabilidade em 2004.
Portanto, considerando o bom volume de estoque de passagem, se o clima for favorável e se confirmar as estimativas de produção para a primeira safra, a tendência é de uma boa oferta de milho, sem problemas de suprimento no primeiro semestre.
Câmbio – Uma desvalorização do real combinada com a melhora nos preços do milho no mercado internacional poderá aumentar o volume de exportações, que estão projetadas pela Conab em 5 milhões de t. O volume escoado para o exterior tem sido maior no segundo semestre, porém condições favoráveis de paridade para exportação poderão alterar este cenário, reduzindo a oferta no mercado interno.