Da Redação 18/11/2003 – 04h25 – O preço dos insumos, boa parte deles cotados em dólar, fez com que o resultado operacional do grupo Kepler Weber até o terceiro trimestre de 2003 não acompanhasse o bom volume de vendas do período. Em função da variação cambial, o resultado operacional cresceu 5% entre janeiro e setembro desse ano, alcançando R$ 23 milhões, contra os 15,2% registrados no mesmo período de 2002, quando o total ficou em R$ 21,9 milhões. “O resultado não é ruim, mas poderia ter sido muito melhor”, ponderou o presidente do Grupo, Othon d`Eça Cals de Abreu. Segundo ele, o preço dos insumos passaram a representar 76,6% da receita líquida nesse ano, quando em 2002 foi 70,9%. Nesse mesmo período, o lucro líquido foi de R$ 10,7 milhões.
As vendas alcançaram a marca de R$ 254 milhões nos primeiros nove meses do ano e mostram o incremento das exportações. Enquanto a média histórica de vendas ao exterior gira em torno de 15%, em 2003 vem se mantendo na faixa de 20%, podendo fechar o ano em 25% do total produzido. “Isso que deixamos de atender R$ 30 milhões em pedidos por falta de fábrica”, disse. Para reverter esse quadro, a empresa aposta na nova fábrica, que está sendo construída em Campo Grande, Mato Grosso. O Grupo irá investir R$ 85 milhões na nova unidade, que deverá estar pronta em setembro do ano que vem e que possibilitará a duplicação do volume de aço duplicado pelo grupo, alcançando a marca de 100 mil toneladas/ano. A nova planta irá atender a fabricação de silos de armazenagem. Já a unidade de Panambi, que perderá parte da produção para Campo Grande, irá concentrar a produção de terminais portuários. Os investimentos para a fábrica gaúcha em 2003 devem fechar o ano em R$ 12 milhões. Para 2004, devem ser investidos R$ 14 milhões.