Redação AI 22/01/2002 – A recuperação do mercado de frango no ano passado e os resultados positivos auferidos pela avicultura paulista também refletiram junto aos produtores da região de Sorocaba (SP), mesmo entre aqueles considerados pequenos e que ainda não abatem aves para exportação. As oscilações do dólar afetaram o custo da criação, devido aos insumos importados ou com componentes vindos do exterior, mas, de maneira geral, os avicultores conseguiram manter os preços do quilo da ave abatida em torno de R$ 1,35, por eles considerado razoável. Em tempos de otimismo e boas perspectivas para o setor, há avicultores que planejam aumentar a produção este ano, de olho no mercado externo.
Para o supervisor de vendas da Avícola Dacar, de Tietê, Luiz Carlos Alves Pires, 2001 registrou um crescimento de 15% em relação ao ano anterior, com a avícola totalizando nove milhões de aves abatidas (média de 35 mil aves/dia) e 2002 “deverá ser melhor ainda, por isso pretendemos aumentar a quantidade de aves abatidas. Temos capacidade para chegar a sessenta mil aves/dia”, destaca.
O mesmo percentual de crescimento no setor é estimado pelo diretor da Avícola Flamboyant, de Cabreúva, Moysés Escobar Ohia. Para ele, 2001 foi um período de “estabilidade, no início, e de crescimento ao longo dos meses”. A Flamboyant abateu um milhão de aves no ano passado e tem planos de ampliar a estrutura de armazenamento dos frangos, para aumentar o número do abate e ganhar o mercado da Arábia Saudita este ano. Também há projetos para a montagem de um espaço visando à criação de pintinhos de um dia (que exige investimento alto, segundo Ohia). A avícola exporta hoje menos de 0,5% da produção para o mercado africano.
A Granja Céu Azul/Frango Santa Rita, de Sorocaba, também pretende expandir a produção para comercializar aves abatidas no exterior. Para isso, já adquiriu as antigas instalações da Granja Alvorada, de Itapetininga.