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Linha de crédito para exportação de frango

Empresas paulistas estão sendo beneficiadas por uma linha de crédito cedida pelo governo do Estado.

Redação AI 04/06/2002 A Frango Sertanejo e a Pena Branca estão entre as empresas paulistas que deverão se beneficiar da nova linha de financiamento de até R$ 250 milhões que o governo do Estado de São Paulo está prestes a lançar para transformar a avicultura paulista em um produto “made in Brazil”. Ou seja, inserir os produtos do setor avícola de São Paulo no comércio mundial de carnes.

A linha de crédito está sendo negociada junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e deverá estar disponível nos próximos dias. Voltada a pequenas e médias indústrias e integrados (produtores), a nova linha não terá limite de acesso ao crédito e a taxa de juros deverá ser de 9,5% ao ano, mais spread de 3%. Até R$ 7 milhões, a obtenção de crédito será via agente financeiro e acima disso, diretamente junto ao BNDES.

Segundo o secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, o objetivo é melhorar a remuneração do setor com a atividade, uma vez que o retorno da avicultura paulista está praticamente 100% atrelado ao mercado interno, não se beneficiando das exportações. Para se ter uma idéia, no ano, os preços das aves e ovos acumulam perdas, respectivamente, de 19,5% e 0,53%.

Exportação – Embora o Estado de São Paulo seja o maior produtor nacional de ovos – respondendo por quase 50% do total – ele praticamente não exporta o excedente por falta de tecnologia adequada.

Segundo o diretor do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo (IEA), Nelson Martin, os poucos embarques se resumem à clara congelada, produto que deverá sair do mercado internacional nos próximos três anos devido a barreiras sanitárias. “O futuro é a exportação do ovo liofilizado (em pó).”

Em relação à exportação de carne, o principal empecilho está no fato de quase 100% da produção ser de ave resfriada e não da congelada como pede o mercado internacional. Outro setor que será beneficiado pela secretaria é o da criação de peixes em cativeiro. Além do diagnóstico ecológico e sanitário dos “pesque-pague , a secretaria pretende criar até o final do ano uma linha de financiamento para a implantação de áreas de filetagem, câmaras frias e tratamento das vísceras.